Literatura Brasileira

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O que é literatura?
a Literatura –, você primeiramente precisa se conscientizar de que ela, assim como toda arte, é uma transfiguração do real, isto é, a realidade recriada por meio do espírito do artista vivendo em seu tempo.
Sendo assim, o artista, de acordo com sua ideologia, submetido a um contexto histórico, político e social, realiza um trabalho especial, cuja matéria-prima é a própria palavra. Dessa forma, torna-se evidente que em todo esse “manejo” predomina tão somente a função poética da linguagem, na qual a intenção do emissor, no caso o artista, é voltada para a própria mensagem, seja na estrutura ou na seleção e combinação das palavras, de forma a atingir plenamente seu objetivo “artístico”.

Fonte: http://vestibular.brasilescola.com/enem/literatura-no-enem.htm

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O que é literatura?


Literatura (li.te.ra.tu.ra) sf (lat litteratura) segundo o Michaelis - Dicionário da Língua Portuguesa - "é a arte de compor escritos, em prosa ou em verso, de acordo com princípios teóricos ou práticos. O exercício dessa arte ou da eloqüência e poesia. O conjunto das obras literárias de um agregado social, ou em dada linguagem, ou referidas a determinado assunto: Literatura infantil, literatura científica, literatura de propaganda ou publicitária. A história das obras literárias do espírito humano. O conjunto dos homens distintos nas letras".

Completa-se aqui com a definição com Afrânio Coutinho:

“A Literatura, como toda arte, é uma transfiguração do real, é a realidade recriada através do espírito do artista e retransmitida através da língua para as formas, que são os gêneros, e com os quais ela toma corpo e nova realidade. Passa, então, a viver outra vida, autônoma, independente do autor e da experiência de realidade de onde proveio.

Os fatos que lhe deram às vezes origem perderam a realidade primitiva e adquiriram outra, graças à imaginação do artista. São agora fatos de outra natureza, diferentes dos fatos naturais objetivados pela ciência ou pela história ou pelo social. O artista literário cria ou recria um mundo de verdades que não são mensuráveis pelos mesmos padrões das verdades factuais. Os fatos que manipula não têm comparação com os da realidade concreta.

São as verdades humanas, gerais, que traduzem antes um sentimento de experiência, uma compreensão e um julgamento das coisas humanas, um sentido da vida, e que fornecem um retrato vivo e insinuante da vida, o qual sugere antes que esgota o quadro.

A Literatura é, assim, a vida, parte da vida, não se admitindo possa haver conflito entre uma e outra. Através das obras literárias, tomamos contato com a vida, nas suas verdades eternas, comuns a todos os homens e lugares, porque são as verdades da mesma condição humana.” 

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O que é Literatura?

Sabemos que o reino das palavras é farto. Elas brotam de nosso pensamento de maneira natural, não temos a preocupação de elaborar o que dizemos ou até mesmo escrevemos.
As palavras, contudo, podem ultrapassar seus limites de significação. Podendo, assim, conquistar novos espaços e passar novas possibilidades de perceber a realidade.
O caminho que a literatura percorre é este. O artista sente, escolhe e manipula as palavras, as organiza para que produzam um efeito que vá além da sua significação objetiva, procurando aproximá-las do imaginário.
A obra do escritor é fruto de sua imaginação, embora seja baseado em elementos reais. Da concretização desse trabalho surge então a obra literária.
Dotado de uma percepção aguçada, o escritor capta a realidade através de seus sentimentos. Explora as possibilidades linguísticas e as manipula no nível semântico, fonético e sintático.
A literatura é uma manifestação artística. E difere das demais pela maneira como se expressa, sua matéria-prima é a palavra, a linguagem. O texto literário se caracteriza pelo predomínio da função poética.

Observe, no poema Procura da poesia, como o poeta Carlos Drummond de Andrade descreve o escritor entrando no “reino das palavras”.
Procura da poesia

Não faças versos sobre acontecimentos.
Não há criação nem morte perante a poesia.
Diante dela, a vida é um sol estático, não aquece nem ilumina.
As afinidades, os aniversários, os incidentes pessoais não contam.
Não faças poesia com o corpo,
esse excelente, completo e confortável corpo, tão infenso à efusão lírica.
Tua gota de bile, tua careta de gozo ou de dor no escuro
são indiferentes.
Nem me reveles teus sentimentos,
que se prevalecem do equívoco e tentam a longa viagem.
O que pensas e sentes, isso ainda não é poesia.

Fonte: http://www.brasilescola.com/literatura/o-que-e-literatura.htm

Linguagem Literária e Não Literária

A linguagem literária é caracterizada por sua plurissignificação, cuja base é a conotação, é utilizada muitas vezes com um sentido diferente daquele que lhe é comum.
Podemos citar como exemplos de textos literários o conto, o poema, o romance, peças de teatro, novelas, crônicas.
A linguagem não literária é a utilizada com o seu sentido comum, empregada denotativamente, é a linguagem dos textos informativos, jornalísticos, científicos, receitas culinárias, manuais de instrução etc.

Por Marina Cabral
Especialista em Língua Portuguesa e Literatura
Equipe Brasil Escola

Fonte: http://www.brasilescola.com/literatura/linguagem-literaria-naoliteraria.htm

Para Que Serve a Literatura?

A Literatura é a arte da palavra. Podemos dizer que a literatura, assim como a língua que ela utiliza, é um instrumento de comunicação e de interação social, ela cumpre o papel de transmitir os conhecimentos e a cultura de uma comunidade.
A literatura está vinculada à sociedade em que se origina, assim como todo tipo de arte, pois o artista não consegue ser indiferente à realidade.
A obra literária é resultado das relações dinâmicas entre escritor, público e sociedade, porque através de suas obras o artista transmite seus sentimentos e idéias do mundo, levando seu leitor à reflexão e até mesmo à mudança de posição perante a realidade, assim a literatura auxilia no processo de transformação social.
A literatura também pode assumir formas de crítica à realidade circundante e de denúncia social, transformando-se em uma literatura engajada, servindo a uma causa político-ideológica.
Podemos dizer que o texto literário conduz o leitor a mundos imaginários, causando prazer aos sentidos e à sensibilidade do homem.
A literatura transformou-se, em várias partes do mundo, em disciplina escolar dada a sua importância para a língua e a cultura de um país, assim como para a formação de jovens leitores.

Por Marina Cabral
Especialista em Língua Portuguesa e Literatura
Equipe Brasil Escola

Fonte: http://www.brasilescola.com/literatura/para-que-serve-a-literatura.htm


Autor e Narrador: Características que os divergem

O autor é quem cria a história e o narrador é um ser do qual ele, o autor, faz uso para nos contá-la, por isso devemos estar cientes dessas características que os divergem.
Posicionando-nos enquanto leitores, temos não só de estarmos atentos para a essência do enredo em si, mas também para algumas características inerentes ao gênero narrativo, propriamente dito.
Nesse ínterim, equivale darmos uma atenção toda especial aos aspectos voltados para as diferenças que demarcam a questão do narrador e do autor, haja vista que a confusão que se estabelece entre esses dois elementos se dá como recorrente.
Assim, ao apreciarmos uma obra, torna-se de fundamental importância darmos credibilidade à autoria, haja vista que conhecer o autor é, sobretudo, familiarizar-se acerca dos posicionamentos por ele ocupados dentro da própria história.  Contudo, temos de estar cientes de que pelo fato de ser ele a pessoa que escreve, não significa que ocupa, também, a posição de narrador.
Por essa razão, é sempre bom estarmos conscientes de que por mais que haja alguns traços de identidade entre eles, autor é uma pessoa e narrador se define como outro “ser”, ainda que se traduza como alguém imaginário. Portanto, fiquemos sabendo que o autor é quem escreve uma determinada obra e o narrador é aquele ser do qual o autor se utiliza para nos contar a história.
Eis a grande diferença que a partir de agora irá demarcar seus conhecimentos acerca dos aspectos voltados para a leitura, sobretudo a literária.

Por Vânia Duarte
​Graduada em Letras

Fonte: http://www.brasilescola.com/literatura/autor-narrador-caracteristicas-que-os-divergem.htm

Poesia, Poema e Prosa
Entre a poesia, o poema e a prosa há diferenças que os caracterizam como tais.

Um simples questionamento emerge como sendo a mola propulsora dessa discussão que por ora travamos: poema ou poesia? Pode-se dizer que por mais que estes termos sejam utilizados de forma recorrente, muitos ainda acabam confundindo e achando que se trata de dois elementos sinônimos – concepção essa materializada de forma errônea, equivocada.
Pois bem, caro(a) usuário(a), gostaríamos de deixar bem claro que para entendermos acerca de tais definições, temos de estar cientes de um fato: existem aqueles textos em que prevalece o sentido denotativo da linguagem e aqueles em que o olhar subjetivo emerge por parte do emissor e do receptor, sobretudo. Nesse sentido, equivale afirmar que poesia se refere àquela circunstância de comunicação em que prevalecem algumas intenções voltadas para a subjetividade, para as múltiplas interpretações. Nesse ínterim, os recursos advindos do próprio emissor se tornam plenamente válidos, haja vista que o objetivo não é o de informar, instruir, mas sim o de entreter, provocar emoções, despertar sentimentos. É o que chamamos de função poética da linguagem, pois nela prevalecem a sonoridade, a combinação das rimas, o jogo de palavras, o uso de figuras de linguagem, o uso de imagens, enfim. Partindo desse princípio, hemos de convir que a poesia se define como estado de alma, fruição, sentimentalismo.
De tal estado, ou seja, de tal intenção demarcada por parte de quem escreve, provém o que chamamos de poema, considerado, portanto, uma unidade da poesia. Trata-se de uma construção que se difere daquela que convencionalmente costumamos encontrar em um texto em prosa, ou seja, caracterizada por um início, meio e fim através de parágrafos. Ao constrário de tal construção, o poema se efetiva por meio de versos, os quais, uma vez reunidos, compõem o que chamamos de estrofe.  Lembrando que esses versos podem ser constatados como sendo cada linha do poema.
 Cremos, portanto, que tais elucidações tendem a se tornar ainda mais efetivas quando partimos  para exemplos concretos, os quais nos possibilitam demarcar a presença dos elementos já citados. Por isso, vejamos:
Soneto de separação
De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto

De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama

De repente não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente

Fez-se do amigo próximo, distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente
Vinicius de Moraes
Deparamo-nos com uma construção poética demarcada por dois quartetos e dois tercetos,  o que nos faz dar conta de se tratar de um soneto. Nele verificamos a presença de outros elementos, tais como a sonoridade, a materialização das rimas, entre outros.
Agora, ao nos atermos a alguns textos, tais como o artigo de opinião, o editorial, os textos científicos de uma forma geral, entre outros exemplos, estamos, sem nenhuma dúvida, constatando que são textos escritos em forma de prosa, ou seja, são estruturados em parágrafos e possuem início, desenvolvimento e fim. Dados tais atributos, partimos então para um exemplo de artigo de opinião, sob a autoria de Lya Luft, colunista da revista Veja:
A BOA ESCOLA
Meu brilhante colega Gustavo Ioschpe, uma das mais lúcidas vozes no que diz respeito à educação, escreveu sobre o que é um bom professor. Eu já começava este artigo sobre o que acho que deva ser uma boa escola, então aqui vai.
Primeiro, a escola tem de existir. No Brasil há incrivelmente poucas escolas em relação à necessidade real.
Tem de existir escolas para todas as crianças, em todas as comunidades, as mais remotas, com qualidades básicas: não ultrapassar o número de alunos bem acomodados, e que eles não tenham de se locomover para muito longe; instalações dignas, que vão das mesas às paredes, telhado, pátio para diversão e recreio, lugar para exercício físico e esportes; instalações sanitárias decentes, cozinha para alimentar os que não comem suficientemente em casa; alguém com experiência médica ou de enfermagem para atender os que precisarem.
Em cada sala de aula, naturalmente, uma boa prateleira com livros sem dúvida doados pelos governos federal, estadual, municipal. E que ali se ensine bem o essencial: aritmética, bom uso da linguagem, noções de história e geografia para que saibam quem são e onde no mundo se situam.
Falei até aqui apenas de ensino elementar em escolas menos privilegiadas economicamente. Em comunidades mais resolvidas nesse sentido, tudo isso não será apenas bom, mas excelente, desde a parte material até professores muito bem preparados que sejam bem exigidos e bem pagos.
No chamado segundo grau, além de livros, quem sabe computadores, mas – ainda que escandalizando alguns – creio que esses objetos maravilhosos, que eu mesma uso constantemente, não substituem um bom professor. E que, nesse degrau da vida, todos sejam preparados para a universidade, desde que queiram e possam.
Pois nem todos querem uma carreira universitária, nem todos têm capacidade para isso: para eles, excelentes Escolas Técnicas, depois das quais podem ter mais ganho financeiro do que a maioria dos profissionais liberais.
Professores com mestrado e se possível doutorado, diretores que conheçam administração, psicólogos que conheçam psicologia, todos com saber e postura que os alunos respeitem a fim de que possam aprender.
Finalmente a universidade, que enganosamente se julga ser o único destino digno de todo mundo (já mencionei acima os cursos técnicos cada dia melhores e mais especializados). Universidade precisa existir, mas não na abundância das escolas elementares.
É incompreensível e desastrosa a multiplicação de faculdades de medicina, por exemplo, cujas falhas terão efeitos dramáticos sobre vidas humanas. Temos pelo país muitas onde alunos não estudam anatomia, pois não há biotério, não têm aulas práticas, pois não há hospital-escola. Essa é uma realidade assustadora, mas bastante comum, que, parece, se tenta corrigir.
Dessas pseudofaculdades sairão alunos reprovados nas essenciais provas do CRM, mas que eventualmente vão trabalhar sem condição de atender pacientes. Faculdades de direito pululam pelo país, sem professores habilitados, sem boas bibliotecas, formando advogados que nem escrever razoavelmente conseguem, além de desconhecer as leis
e reprovados aos magotes nas importantíssimas provas da OAB.
Coisa semelhante aconteceria com faculdades de engenharia mal preparadas, se existirem, de onde precisam sair profissionais que garantam segurança em obras diversas, de edifícios, casas, estradas, pontes.
Vejam que aqui comentei apenas alguns dos inúmeros cursos existentes, muitos com excelente nível, mas não se ignorem os que não têm condições de funcionar, e mesmo assim… existem. Em todas essas fases, segundo cada nível, incluam-se professores bem preparados, muito dedicados, e decentemente pagos – professor não é sacerdote nem faquir.
O que aqui escrevo é mero, simples, bom-senso. Todos têm direito de receber a educação que os coloque no mundo sabendo ler, escrever, pensar, calcular, tendo ideia do que são e onde se encontram, e podendo aspirar a crescer mais.
Isso é dever de todos os governos. E é nosso dever esperar isso deles.*
A noção que pode ser extraída do exemplo dado é que a forma como se estrutura o discurso resulta em um início, depois parte para um desenvolvimento das ideias, chegando, enfim, a uma conclusão. Constatamos, dessa forma, um dos inúmeros exemplos de texto em prosa, ou seja, um texto que se estrutura em parágrafos.
Lembrando, contudo, que na linguagem literária, ou seja, aquela em que prevalece o sentido conotativo, podemos encontrar a forma prosaica, mas nem por isso ela deixa de assumir o caráter poético, como é o que ocorre num conto, num romance, numa novela literária, enfim.

Por Vânia Duarte
Graduada em Letras

Fonte: http://www.brasilescola.com/literatura/poesia-poema-prosa.htm


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O que é Literatura ?

Assim como a música, a pintura e a dança, a Literatura é considerada uma arte. Através dela temos contato com um conjunto de experiências vividas pelo homem sem que seja preciso vivê-las.

A Literatura é um instrumento de comunicação, pois transmite os conhecimentos e a cultura de uma comunidade. O texto literário nos permite identificar as marcas do momento em que foi escrito.

As obras literárias nos ajudam a compreender sobre nós mesmos e sobre as mudanças do comportamento do homem ao longo dos séculos; e, a partir dos exemplos, ajudam-nos a refletir sobre nós mesmos.

O texto literário apresenta:

-Ficcionalidade: os textos não fazem, necessariamente, parte da realidade.

- Função estética: o artista procura representar a realidade a partir da sua visão.

- Plurissignificação: nos textos literários as palavras assumem diferentes significados.

- Subjetividade: expressão pessoal de experiências, emoções e sentimentos.

As obras literárias são divididas em escolas literárias, pois cada obra apresenta um estilo de época, ou seja, um conjunto de características formais e de seleção de conteúdo evidente na obra de escritores e poetas que viveram em um mesmo momento.

As escolas literárias são:

- Trovadorismo
- Classicismo
- Barroco
- Arcadismo
- Romantismo
- Realismo / Naturalismo
- Simbolismo
- Modernismo

Há um momento de transição entre o Trovadorismo e o Classicismo conhecido como Humanismo, e muitos críticos literários afirmam que ainda exista um estilo de época denominado Pós-Modernismo.

Fonte:http://www.mundoeducacao.com/literatura/o-que-literatura.htm


A Literatura cria e recria a realidade, expressando pessoas, cenários, histórias e identidades. Podemos conceituar a Literatura como ficção, uma ficção que recria uma realidade, que possui o potencial de adaptar uma obra a fatos reais ou simplesmente expressar fatos imaginários. A ferramenta da Literatura é a palavra, a que segue o estilo subjetivo de cada autor que interpreta a realidade sob o seu ponto de vista ou analisando o ponto de vista de uma sociedade e época.
O texto literário permite mais de uma interpretação, enquanto que o não-literário não dá vazão à interpretações diversas, mesmo que gere opiniões. Os textos literários são escritos basicamente em dois formatos, a poesia e a prosa.

fonte:http://www.infoescola.com/literatura/o-que-e-literatura/


O que é Literatura?

"A Literatura, como toda arte, é uma transfiguração do real, é a realidade recriada através do espírito do artista e retransmitida através da língua para as formas, que são os gêneros, e com os quais ela toma corpo e nova realidade. Passa, então, a viver outra vida, autônoma, independente do autor e da experiência de realidade de onde proveio. Os fatos que lhe deram às vezes origem perderam a realidade primitiva e adquiriram outra, graças à imaginação do artista. São agora fatos de outra natureza, diferentes dos fatos naturais objetivados pela ciência ou pela história ou pelo social.
         O artista literário cria ou recria um mundo de verdades que não são mensuráveis pelos mesmos padrões das verdades fatuais. Os fatos que manipula não têm comparação com os da realidade concreta. São as verdades humanas gerais, que traduzem antes um sentimento de experiência, uma compreensão e um julgamento das coisas humanas, um sentido da vida, e que fornecem um retrato vivo e insinuante da vida, o qual sugere antes que esgota o quadro.
          A Literatura é, assim, a vida, parte da vida, não se admitindo possa haver conflito entre uma e outra. Através das obras literárias, tomamos contato com a vida, nas suas verdades eternas, comuns a todos os homens e lugares, porque são as verdades da mesma condição humana."
(Afrânio Coutinho)
Alguns Conceitos sobre Literatura

"Arte literária é mimese (imitação); é a arte que imita pela palavra." (Aristóteles, filósofo grego, séc. IV a.C)
"A literatura é a expressão da sociedade, como a palavra é a expressão do homem." (Louis de Bonald, pensador e crítico do Romantismo francês, início do séc. XIX)
"O poeta sente as palavras ou frases como coisas e não como sinais, e a sua obra como um fim e não como um meio; como uma arma de combate."  (Jean-Paul Sartre, filósofo francês, séc. XX)
"É com bons sentimentos que se faz literatura ruim."  (André Gide, escritor francês, séc. XX)
"A poesia existe nos fatos"   (Oswald de Andrade, poeta brasileiro, séc. XX)

Literatura Segundo o Dicionário

literatura (Do lat. litteratura.] S.f. 1. Arte de compor ou escrever trabalhos artísticos em prosa ou verso. 2. O conjunto de trabalhos literários dum país ou duma época. 3. Os homens de letras: A literatura brasileira fez-se representar no colóquio de Lisboa. 4. A vida literária. S. A carreira das letras. 6. Conjunto de conhecimentos relativos às obras ou aos autores literários: estudante de literatura brasileira; manual de literatura portuguesa. 7. Qualquer dos usos estéticos da linguagem: literatura oral [p.v.] 8. Fam. Irrealidade, ficção: Sonhador, tudo quanto diz é literatura. 9. Bibliografia: Já é bem extensa a literatura da física nuclear. 10. Conjunto de escritores de propaganda de um produto industrial.
(Dicionário Aurélio Eletrônico)

Fonte: http://www.literaturabrasileira.net/index.php?option=com_content&view=article&id=95:o-que-iteratura&catid=18:geral

  
Literatura: O que é?
A pergunta "o que é literatura?" não é fácil de responder. Para começar, ficamos em apuros se pensarmos que qualquer texto que nos cerca pode ser considerado literatura, desde cartazes com propagandas, legendas de filmes, palavras pichadas em muros, bulas de remédio, receitas de bolos, manuais de instrução etc. Num certo sentido, tudo o que se pode ler é literatura. O que nos interessa aqui, porém, é o fenômeno da literatura enquanto uma atividade artística.

A disciplina literatura que se estuda na escola trata dos textos produzidos por escritores de períodos diversos da história da humanidade. Homens e mulheres que criaram e continuam criando textos de ficção em prosa, repletos de ações, personagens, conflitos, ambientes e climas, ou ainda, poemas que elaboram a sonoridade e os múltiplos significados das palavras.

A literatura pode enriquecer sua vida, seja como simples entretenimento, seja como fonte de conhecimento e reflexão sobre valores e ideias. Porém certos conceitos ou ferramentas teóricas são necessários para que você, leitor, possa entender a linguagem literária, que também está tão presente no nosso cotidiano.

Afinal, a literatura está o tempo todo a nossa volta, nas histórias contadas por nossos avós, nos livros, nas peças de teatro, novelas, filmes, jornais, mesmo na música e na dança, entre outras formas de linguagem que os homens usam para se comunicar.


O animal que fala
Por falar em comunicação, o sistema de comunicação que nos interessa basicamente para tratar de literatura é a escrita, essa linguagem simbólica que tem como material as letras e as palavras, que, ao serem combinadas, tornam-se textos. Não é por acaso, aliás, que a palavra do latim litteratura vem de outra palavra da mesma língua, littera, que significa letra, ou seja, o sinal gráfico que representa - por escrito - os sons da fala.

Antes que a literatura existisse, ou melhor, antes que muitas das coisas que conhecemos hoje existissem, numa época muito remota, poderíamos encontrar nossos antepassados ali em suas cavernas, ou em meio às árvores das matas, comunicando-se entre si instintivamente, através de gestos ruídos como vários outros animais. No decorrer da Evolução, nossa espécie desenvolveu a capacidade de falar e, então, passou a nomear plantas, bichos, rios, vales e montanhas.

Desse modo, acabou por se diferenciar dos outros animais. Essa diferença encontra-se, justamente, no fato de podermos representar o mundo que nos cerca, através de símbolos vocais: as palavras. Nesta linguagem das palavras - símbolos que representam sonoramente todas as coisas concretas do mundo, além dos nossos sentimentos e das situações abstratas da vida - estamos envolvidos desde que nascemos.


As palavras e as coisas
Milhares de anos depois do advento da palavra falada, característica que ajudou a definir a espécie humana, surgiu uma nova forma de comunicação entre os homens, baseada principalmente na representação gráfico-visual dos sons de nossa própria fala: a escrita, que tem seus primeiros registros no alfabeto fenício do século 12 a.C. De qualquer modo, falada ou escrita, o objetivo da palavra é mais ou menos o mesmo: dar nome às coisas, agilizar a comunicação entre os seres humanos e ajudá-los a pensar e a compreender o mundo.

Entre os nomes e as coisas existe uma relação quase contínua. E o homem vive vinculado - ora de maneira mais próxima, ora mais distanciada - a estes dois mundos: o concreto de suas experiências com as coisas e o abstrato da sua linguagem simbólica. Contudo, é importante deixar bem claro que os nomes não são as coisas, mas que as coisas só existem para o pensamento do homem dentro da sua linguagem.


A força da expressão
"Ai, palavras, ai, palavras,
que estranha potência, a vossa!"
Cecília Meireles

As palavras e as coisas parecem estar unidas, mas, ao mesmo tempo, parecem jamais poder se misturar. Se ficarmos atentos, podemos observar a força que a palavra tem de mexer com os nossos sentimentos e emoções.E não só na literatura, mas também na vida cotidiana. É como na conhecida lenda de Ali babá e os 40 ladrões, em que a frase "abre-te, Sézamo!" tem o poder de abrir a porta de uma caverna escondida nas entranhas da terra.

No dia a dia, por exemplo, se ouvirmos a palavra câncer, ela pode evocar sensações como tristeza, repugnância, medo ou até pavor. Às vezes, de acordo com a situação em que nos encontramos, o simples fato de pronunciar o seu nome parece tornar concreta em nossa mente a realidade da doença nomeada.

Pois bem, os escritores têm como material de trabalho a própria palavra, e utilizam seu poder de evocação e sugestão para construir mundos e universos possíveis ou prováveis, recriando assim a realidade em que tanto ele, escritor, quanto nós, leitores, estamos inseridos. Sua literatura comunica artisticamente, desde a Antiguidade, os sentimentos, as emoções, as sensações, as ações, as idéeias e opiniões mais diversas do homem diante do mundo e de sua condição existencial.

O escritor busca transcender ou concretizar, por meio da literatura, uma experiência da vida. Isso - basicamente - é literatura. Portanto, como escreveu Ezra Pound, poeta e crítico literário, "Literatura é linguagem carregada de significado".



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