Biotecnologia
A biotecnologia é uma técnica utilizada desde o ano 1800 a.C. na produção de alimentos e bebidas por meio da fermentação. Pão, queijo, cerveja e vinho são alguns dos produtos. A palavra “biotecnologia” surgiu no
século XX, quando o cientista Herbert Boyer introduziu o gene
responsável pela fabricação da insulina humana em uma bactéria, para que
ela passasse a produzir a substância. A partir de então teve início a biotecnologia moderna. Biotecnologia é usada para produzir remédios e alimento.
A pesquisa científica trouxe novas técnicas que permitiram a transferência de genes de uma espécie para outra, proporcionando uma gama de aplicações voltadas ao benefício da saúde da sociedade. A produção de insulina humana foi uma das principais conquistas da biotecnologia, e é essencial aos portadores de diabetes. Ainda no campo da saúde, a biotecnologia é utilizada para produção de hormônios humanos e vacinas.
Muitos países utilizam esse conhecimento na agricultura, para a produção de
alimentos geneticamente modificados. É possível torná-los mais
resistentes contra pragas e doenças e aumentar a tolerância a
herbicidas. Outras pesquisas na área já preveem alimentos com mais
nutrientes e vitaminas, plantas mais resistentes à seca e outros
avanços.
Atualmente, uma das maiores utilidades da biotecnologia é na produção de biocombustíveis, que não só substituem a energia fóssil como também têm preços mais acessíveis. Desde a década de 80, o Brasil investe em projetos científicos, tecnológicos e na capacitação de recursos humanos para essa área. Exemplo disso é a Política de Desenvolvimento da Biotecnologia, criada para apoiar a incorporação dessa tecnologia nos processos industriais brasileiros, e alavancar o desenvolvimento social e econômico do País.
Nanotecnologia
A nanotecnologia está sendo utilizada para criar novos materiais,
produtos e processos por meio da manipulação de átomos e moléculas. O
mercado total de produtos que incorporam nanotecnologias (incluindo
semicondutores e eletrônicos) atingiu U$ 135 bilhões em 2007, devendo
alcançar US$ 693 bilhões até o final de 2012 e cerca de US$ 2,95
trilhões em 2015. Nanotecnologia permite a criação de equipamentos mais eficientes.
Considerada a tecnologia-chave do século XXI, a nanotecnologia tem
grande potencial de vendas. Através dela será possível produzir
medicamentos mais eficazes, materiais mais resistentes, computadores com
maior capacidade de armazenamento, além de acarretar benefícios
socioambientais.
Um bom exemplo é a tecnologia dos OLEDs (dispositivos orgânicos
emissores de luz) que podem ser produzidos em qualquer tamanho e
aplicados em vários tipos de produtos. Na maioria das vezes a tecnologia
é usada para fabricar dispositivos pequenos, como celulares, tocadores
MP3, máquinas fotográficas, com a vantagem de consumir menos energia e
serem mais baratos.
Nos últimos anos, o Brasil tem desenvolvido ações importantes em
Ciência, Tecnologia e Inovação (C&T&I), com resultados concretos
na produção científica, tecnológica e formação de recursos humanos em
áreas consideradas estratégicas, particularmente em determinados campos
de nanotecnologia e nanociência (N&N). Saiba mais sobre o Panorama da Nanotecnologia no Mundo e no Brasil.
O País possui o Programa de C,T&I para Nanotecnologia, cujo
objetivo é incentivar atividades de pesquisa, desenvolvimento de novos
produtos e processos e a transferência de tecnologia entre a
instituições de pesquisa e empresas, de forma a promover a
competitividade da indústria nacional. Saiba mais sobre o Programa para Nanotecnologia e quais as principais ações do País na área.
Avião a etanol
Em janeiro de 2012, o avião agrícola Ipanema alcançou a marca de
1.200 unidades entregues. Só em 2011, foram vendidas, no Brasil e nos
países do Mercosul, 58 unidades, um aumento de 45% em relação ao ano
anterior. Tamanho sucesso do modelo tem duas explicações. Em primeiro
lugar, ele é um modelo confiável, com 40 anos de produção ininterrupta.
Além disso, nos últimos 8 anos as vendas foram impulsionadas pelo
Ipanema 202-A, o primeiro avião produzido em série no mundo com
certificado a operar movido a etanol (álcool hidratado), mesmo
combustível usado em automóveis. Acervo Embraer
Etanol reduz o impacto ambiental e melhora o desempenho da aeronave
A fonte alternativa de energia renovável, derivada da cana-de-açúcar,
reduziu o impacto ambiental e os custos de operação e manutenção e
ainda melhorou o desempenho geral da aeronave.
Líder no mercado de aviação agrícola no Brasil, com cerca de 75% de
participação, o Ipanema é utilizado principalmente na pulverização de
defensivos agrícolas. Ele também ajuda a combater incêndios, vetores e
larvas.
Atualmente, em torno de 30% da frota de modelos Ipanema do Brasil já é formada pelo 202-A.
O combustível tem grande impacto em toda a cadeia de operação do modelo. Além de ser menos poluente, o etanol faz uma grande diferença no desempenho da aeronave. Com ele, o motor roda mais frio, o que diminui seu desgaste e permite a extensão da Revisão Geral do Motor (TBO). A potência é maior, enquanto que o custo operacional tem uma diminuição considerável.
O combustível tem grande impacto em toda a cadeia de operação do modelo. Além de ser menos poluente, o etanol faz uma grande diferença no desempenho da aeronave. Com ele, o motor roda mais frio, o que diminui seu desgaste e permite a extensão da Revisão Geral do Motor (TBO). A potência é maior, enquanto que o custo operacional tem uma diminuição considerável.
Considerando uma frota de 600 aviões, o modelo demanda 21,6 milhões
de litros de etanol e gera redução de US$ 13,5 milhões por ano no custo
operacional.
A Indústria Aeronáutica Neiva apresentou protótipo em 2004. Foram
dois anos entre pesquisa, aperfeiçoamento do modelo, testes e a
certificação pelo Centro Tecnológico Aeroespacial (CTA), em São José dos
Campos (SP).
A fuselagem do avião é toda construída com tubos metálicos de aço
especial, que absorve impactos em caso de colisão, e os painéis externos
são de fácil remoção para limpeza.
Além disso, as rodas do trem de pouso de grande diâmetro e com grande
distância entre eixos proporcionam maior estabilidade na hora do pouso e
da decolagem.
Fontes: Indústria Aeronáutica Neiva Embraer
Pesquisas com células-tronco
Um grupo de 23 brasileiros portadores de diabetes tipo 1 apresenta
sinais de recuperação inédita no mundo. O pâncreas destes pacientes
voltou a funcionar normalmente, e eles deixaram de depender de injeções
de insulina, quatro anos depois que eles receberam um transplante de
suas próprias células-tronco.
Os pesquisadores da USP de Ribeirão Preto identificaram que a terapia
combate a falha imunológica que leva o sistema de defesa do organismo a
atacar o pâncreas.
Esta é apenas uma das implicações práticas recentes das pesquisas com
células-tronco. Elas são encontradas em todo o organismo humano e têm a
capacidade de se multiplicar e se diferenciar em diversos tecidos. As
mais utilizadas, por serem mais fáceis de manipular, são as da medula
óssea e as do sangue do cordão umbilical.
Também são usadas células-tronco embrionárias (retiradas de embriões humanos inviáveis ou congelados há mais de três anos),
que têm a maior capacidade de dar origem a outros tipos de células e,
por isso, são as mais capazes de tratar leucemias, linfomas, mieloma,
talassemia, deficiências imunológicas, anemias e doenças do metabolismo.
O Brasil é o primeiro país da América Latina a permitir o uso deste
tipo de células, desde maio de 2008, quando o Supremo Tribunal Federal
autorizou pesquisas desse tipo. O País também tem trabalhos de
referência nesta área: foi a quinta nação do mundo a produzir
células-tronco pluripotentes induzidas, que podem se transformar em
qualquer célula sem ser criada a partir de embriões.
As possibilidades abertas pelas células-tronco são muitas. Além de
diabetes tipo 1, elas têm o potencial para tratar de doenças cardíacas,
problemas no fígado, esclerose múltipla, lesões cerebrais e da medula
óssea, esquizofrenia, osteoporose, mal de Parkinson, doenças
inflamatórias intestinais e recuperação da pele em casos de queimaduras.
Em alguns casos, as células-tronco têm origem em outras fontes, como o
tecido adiposo, o tecido da pele e a polpa do dente.
O governo federal incentiva as pesquisas. O Ministério da Saúde
mantém a Rede Nacional de Terapia Celular (RNTC), que já concedeu R$ 430
mil para dois pesquisadores de renome mundial na área: Stevens Rehen,
da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que produziu a
primeira linhagem de células-tronco obtidas sem o uso de embriões (as
chamadas células-tronco induzidas), e Lygia da Veiga Pereira,
pesquisadora da Universidade de São Paulo (USP) que chegou à primeira
linhagem de célula-tronco embrionária humana no Brasil.
Desde 2003, o ministério investiu R$ 532,75 milhões em 2.694 projetos
científicos de universidades e instituições de pesquisa. O repasse foi
articulado pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos
do ministério e seus parceiros.
Em 2009, a RNTC investiu R$ 22 milhões na construção de oito Centros
de Tecnologia Celular que produzirão as células-tronco e R$ 10 milhões
para 49 projetos que aplicarão as células-tronco em diferentes
pesquisas. O objetivo de longo prazo é disponibilizar no Sistema Único
de Saúde (SUS) novas terapias que vão agir mais especificamente no
paciente.
Fontes:
Centro de Estudos do Genoma Humano
Rede Nacional de Terapia Celular (RNTC)
Universidade de São Paulo (USP)
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
Ministério da Saúde
Lei de Biossegurança
Rede Nacional de Terapia Celular (RNTC)
Universidade de São Paulo (USP)
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
Ministério da Saúde
Lei de Biossegurança
Fonte: http://www.brasil.gov.br/sobre/ciencia-e-tecnologia/tecnologia-de-ponta
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