A arte em forma de pintura |
O que é arte? Você sabe?
A arte é uma forma de o ser humano expressar suas emoções, sua história
e sua cultura através de alguns valores estéticos, como beleza,
harmonia, equilíbrio. A arte pode ser representada através de várias
formas, em especial na música, na escultura, na pintura, no cinema, na
dança, entre outras.
Após seu surgimento, há milhares de anos, a arte foi evoluindo e
ocupando um importantíssimo espaço na sociedade, haja vista que algumas
representações da arte são indispensáveis para muitas pessoas nos dias
atuais, como, por exemplo, a música, que é capaz de nos deixar felizes
quando estamos tristes. Ela funciona como uma distração para certos
problemas, um modo de expressar o que sentimos aos diversos grupos da
sociedade.
Muitas pessoas dizem não ter interesse pela arte e por movimentos
ligados a ela, porém o que elas não imaginam é que a arte não se
restringe a pinturas ou esculturas, também pode ser representada por
formas mais populares, como a música, o cinema e a dança. Essas formas
de arte são praticadas em todo o mundo, em diferentes culturas.
Atualmente a arte é dividida em clássica e moderna e qualquer pessoa
pode se informar sobre cada uma delas e apreciar a que melhor se
encaixar com sua percepção de arte.
Significado de Arte
O que é Arte:
Arte é a atividade humana ligada a manifestações de ordem estética, feita por artistas a partir de percepção, emoções e ideias,
com o objetivo de estimular esse interesse de consciência em um ou mais
espectadores, e cada obra de arte possui um significado único e
diferente.
A arte está ligada à estética, porque é considerada uma
faculdade ou ato pelo qual, trabalhando uma matéria, a imagem ou o som,
o homem cria beleza ao se esforçar por dar expressão ao mundo material
ou imaterial que o inspira. Na história da filosofia tentou se definir a
arte como intuição, expressão, projeção, sublimação, evasão, etc.
Aristóteles definiu a arte como a imitação da realidade, mas Bergson ou
Proust a vêem como a exacerbação da atipicidade intrínseca ao real. Para
Kant, a arte será aquela manifestação que produza uma "satisfação
desinteressada".
À luz do Romantismo, do Vitalismo, da
Fenomenologia, do Marxismo, surgem também outras e novas interpretações
de "arte". A dificuldade de definir arte está na sua direta relação e
dependência com a conjuntura histórica e cultural que a fazem surgir. E
isso sucede porque ao se instaurar e estabilizar um novo "estilo", este
rompe os sistemas e códigos estabelecidos.
Arte é um termo que vem
do Latim, e significa técnica/habilidade. A definição de arte varia de
acordo com a época e a cultura, por ser arte rupestre, artesanato, arte
da ciência, da religião e da tecnologia. Atualmente, arte é usada como a
atividade artística ou o produto da atividade artística. A arte é uma
criação humana com valores estéticos, como beleza, equilíbrio,
harmonia, que representam um conjunto de procedimentos utilizados para
realizar obras.
Para os povos primitivos, a arte, a religião e a
ciência andavam juntas na figura, e originalmente a arte poderia ser
entendida como o produto ou processo em que o conhecimento é usado para
realizar determinadas habilidades.Para os gregos, havia a arte de se
fazer esculturas, pinturas, sapatos ou navios.
Lista das artes
A arte apresenta-se através de diversas formas como, a plástica, música, escultura, cinema, teatro, dança, arquitetura etc.
Alguns
autores (como Hegel e Ricciotto Canudo) e pensadores organizaram as
diferentes artes em uma lista numerada. A inclusão de algumas formas de
arte não foi muito consensual, mas com a evolução da tecnologia, esta é a
lista mais comum nos dias de hoje:
1ª Arte - Música;
2ª Arte - Dança / Coreografia;
3ª Arte - Pintura;
4ª Arte - Escultura;
5ª Arte - Teatro;
6ª Arte - Literatura;
7ª Arte - Cinema;
8ª Arte - Fotografia;
9ª Arte - Histórias em Quadrinhos;
10ª Arte - Jogos de Computador e de Vídeo;
11ª Arte - Arte digital.
2ª Arte - Dança / Coreografia;
3ª Arte - Pintura;
4ª Arte - Escultura;
5ª Arte - Teatro;
6ª Arte - Literatura;
7ª Arte - Cinema;
8ª Arte - Fotografia;
9ª Arte - Histórias em Quadrinhos;
10ª Arte - Jogos de Computador e de Vídeo;
11ª Arte - Arte digital.
O que é Arte?
A palavra arte
é uma derivação da palavra latina “ars” ou “artis”, correspondente ao
verbete grego “tékne”. O filósofo Aristóteles se referia a palavra arte
como “póiesis”, cujo significado era semelhante a tékne. A arte no
sentido amplo significa o meio de fazer ou produzir alguma coisa,
sabendo que os termos tékne e póiesis se traduzem em criação, fabricação
ou produção de algo.
Fazer uma definição específica para a arte não é simples, assim como
determinar a sua função no dia a dia das pessoas, pela possibilidade de
exercer funções pragmática, formal ou, ainda, possuir uma dialogicidade
entre as duas funções. Muitas pessoas consideram a arte uma coisa
supérflua, não compreendendo a subjetividade estética do objeto
artístico, que é dar prazer. É claro que existem prioridades para a
existência das pessoas, porém ao se emocionar com uma composição de
Ravel ou de Van Gogh, por exemplo, terá tido a oportunidade de conhecer a capacidade
humana de sentir, pensar, interpretar e recriar o seu mundo com
sensibilidade e criatividade. A cultura de um povo é preservada através
da sua arte, seja ela popular
ou erudita, pois possibilita estudar e compreender aquelas civilizações
que não mais existem e cria um sentido para as que ainda hoje fazem a
sua história. Há no mundo atualmente diversos povos que são conhecidos
pelo resgate de seus objetos artísticos, como: cerâmicas, esculturas,
pinturas, entre outros. A arte nos permite viver melhor, ter diferentes
olhares sobre um mesmo objeto ou situação, ela nos faz sonhar. A
proposta de um verdadeiro artista, e não de um simples artífice, é tocar
os sentidos de quem apreciará sua obra, é possibilitar a fruição da sua
arte. O ser humano que lida com a arte, seja ela: cênica, visual ou
sonora, certamente encontra-se passos adiante dos que não têm contato
com o objeto estético. É preciso ser artista e se recriar a cada dia.
Para entender
melhor a arte é preciso compreendê-la dentro do contexto de sua
produção cultural. Então delinearemos três vertentes da produção
artística. Uma dessas formas de arte é classificada como “arte
acadêmica” ou “arte de erudita”, que se refere àquelas produções
artísticas pertencentes a coleções particulares e que normalmente são
conservadas em museus e galerias de arte. Esta forma de arte é a
apreciada por um público conhecedor das linguagens artísticas e que
possui uma sensibilidade treinada para a fruição dos elementos estéticos
contidos nas obras expostas. O artista acadêmico preocupa-se com o
desenvolvimento da sua linguagem artística, com a transmissão da própria
expressão pessoal, em captar o significado humano de existir e, ainda,
em exigir uma postura do público diante do seu modo de ver o mundo. A
“arte popular” ou “folclore” são aquelas produções artísticas menos, ou
quase nada, intelectualizada, urbana e industrial. Suas características
são o anonimato em relação à autoria, pois se pode até saber que cultura
a criou, porém não há como identificar o nome do autor. Ela é uma arte
anônima, produzida por colaborações de diferentes pessoas ao longo do
tempo. A arte popular expressa o sentimento e as idéias da coletividade,
dentro de padrões fixos no seu fazer artístico e é destinada para a
fruição do próprio povo que a criou. Esta forma de arte não acompanha o
modismo imposto pelos meios de comunicação. Estes meios de comunicação
das massas são responsáveis, em grande parte, pelo fomento da terceira
vertente da arte, que é a “arte de massa”, constituída por produtos
industrializados e que se destina à sociedade de consumo. Sua intenção é
servir ao gosto médio da maioria população de um país ou até mesmo do
mundo. A Arte de massa é produzida por profissionais de uma classe
social diferente do público a que ela se destina, que em geral é
semi-analfabeto e/ou passivo diante da sua realidade sociocultural. O
modismo e o divertimento como forma de passar o tempo é o que sustenta a
arte de massa. No caso desta vertente da arte, o povo é apenas o alvo
da produção e não participa da sua concepção.
REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA
ARANHA, Mª Lucia de arruda, MARTINS, Mª Helena Pires. Temas de filosofia. São Paulo: Moderna, 1998.
BOSI, Alfredo. Reflexões sobre a Arte. São Paulo: Ática, 1999.
COLI, Jorge. O que é Arte. São Paulo: Brasiliense, 1998.
NUNES, Benedito. Introdução à filosofia da Arte. São Paulo: Ática, 1999.
ARANHA, Mª Lucia de arruda, MARTINS, Mª Helena Pires. Temas de filosofia. São Paulo: Moderna, 1998.
BOSI, Alfredo. Reflexões sobre a Arte. São Paulo: Ática, 1999.
COLI, Jorge. O que é Arte. São Paulo: Brasiliense, 1998.
NUNES, Benedito. Introdução à filosofia da Arte. São Paulo: Ática, 1999.
Fonte: http://www.infoescola.com/artes/o-que-e-arte/
isso é arte
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É algo sem explicação, pelo menos os quadros valem muito, pois a procura pelos ricos por um quadro único é enorme, ou seja o preço vai subindo, quem puder pagar mais, que geralmente é um preço altíssimo, ganha, leva o quadro, só para dizer que tem e que tem dinheiro para isso!!!
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A arte na pintura, é tudo aquilo que o artísta se propõe a representar
num quadro, objeto ou qualquer dependêcia física, independentemente se
possui um grande valor comercial ou não, ou importância social. A arte é
caracteriza pelo fato do homem expressar o que há dentro de si em forma
de pintura, ou qualquer outra forma de arte, que pode ter sentido ou
não para o observador, mas não deixa de ser arte.
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O conceito de arte é extremamente subjetivo e varia de acordo com a
cultura a ser analisada, período histórico ou até mesmo indivíduo em
questão.
A Arte faz parte de nossas vidas desde os tempos mais remotos. Vemos
arte desde os primórdios, em cavernas, ate os dias atuais em galerias e
museus.
Arte criação humana com valores estéticos (beleza, Equilíbrio, harmonia,
revolta) que sintetizam as suas emoções, sua história, seus sentimentos
e a sua cultura.
É um conjunto de procedimentos que utilizados para realizar obras, e no
qual aplicamos nossos conhecimentos. Se apresenta sob variadas formas
como: a plástica, a música, a escultura, o cinema, o teatro, a dança, a
arquitetura etc.
Pode ser vista ou percebida pelo homem de três maneiras: visualizadas,
ouvidas ou mistas (audiovisuais), hoje alguns tipos de arte permitem que
o apreciador participe da obra.
O artista precisa da arte e da técnica para comunicar-se.
A arte pintura é a mais forte expressão dos sentimentos do artista através de seus pincéis e cores.
Um abraço, HeldaSeria uma forma de representar sentimentos, vivências,
ideologias, sonhos, etc. através de desenhos (abstratos ou não)
utilizando tintas.
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Seria uma forma de representar sentimentos, vivências, ideologias,
sonhos, etc. através de desenhos (abstratos ou não) utilizando tintas.
Fonte: http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20080215074650AAJtPSc
Arte
Arte (do latim ars, significando técnica e/ou habilidade) geralmente é entendida como a atividade humana ligada a manifestações de ordem estética ou comunicativa, realizada a partir da percepção, das emoções e das ideias, com o objetivo de estimular essas instâncias da consciência
e dando um significado único e diferente para cada obra. A arte se vale
para isso de uma grande variedade de meios e materiais, como a arquitetura, a escultura, a pintura, a escrita, a música, a dança, a fotografia, o teatro e o cinema.
Mona Lisa, de Da Vinci |
Considera-se que no início da civilização
a arte teria principalmente funções mágicas e rituais, mas ao longo dos
séculos e das diferentes culturas tanto conceito como função mudaram de
maneira importante, adquirindo componentes estéticos, sociológicos, lúdicos, religiosos, morais, experimentais, pedagógicos, mercantis, psicológicos, políticos e ornamentais,
entre outros. O conceito de arte continua hoje em dia objeto de grandes
debates, e permanece, a rigor, indefinido. A palavra também é usada
para designar simplesmente uma habilidade ou talento especial, como a
"arte médica", a "arte da pesca", etc, mas na bibliografia especializada
designa geralmente atividades que têm características criativas e estéticas.
Índice |
Definição
O principal problema na definição do que é arte é o fato de que esta
definição varia com o tempo e de acordo com as várias culturas humanas.
Devemos, pois, ter em mente que a própria definição de arte é uma
construção cultural variável e sem significado constante. Até numa mesma
época e numa mesma cultura pode haver múltiplas acepções do que é arte.
Também é preciso lembrar que muito do que hoje chamamos de arte não era
ou não é considerado como tal pelas culturas, diferentes da nossa, que a
produziram, e o inverso também é verdadeiro: certas culturas podem
produzir objetos artísticos que nós não reconhecemos como tais. As
sociedades pré-industriais em geral não possuem ou possuíam sequer um
termo para designar arte.1
Numa visão muito simplificada, arte está ligada principalmente a um ou mais dos seguintes aspectos:1
- a manifestação de alguma habilidade especial;
- a criação artificial de algo pelo homem;
- o desencadeamento de algum tipo de resposta no ser humano, como o senso de prazer ou beleza;
- a apresentação de algum tipo de ordem, padrão ou harmonia;
- a transmissão de um senso de novidade e ineditismo;
- a expressão da realidade interior do criador;
- a comunicação de algo sob a forma de uma linguagem especial;
- a noção de valor e importância;
- a excitação da imaginação e a fantasia;
- a indução ou comunicação de uma experiência-pico;
- coisas que possuam reconhecidamente um sentido;
- coisas que deem uma resposta a um dado problema.
Ao mesmo tempo, mesmo que uma dada atividade seja considerada arte de
modo geral, há muita inconsistência e subjetividade na aplicação do
termo. Por exemplo, é hábito entre os ocidentais chamar de arte o canto
operístico, mas cantar despreocupadamente enquanto trabalhamos muitas
vezes não é tido como arte. Pode haver, assim, uma série de outros
parâmetros que as culturas empregam para separar o que consideram arte
do que não consideram.1
Mesmo que se possa estabelecer parâmetros gerais válidos
consensualmente, a análise de cada caso pode ser extraordinariamente
complexa e inconsistente. Num contexto geográfico, se a cultura
ocidental chama de arte a ópera, possivelmente uma cultura não ocidental
poderia considerar aquele tipo de canto muito estranho. Na perspectiva
histórica, muitas vezes um objeto considerado artístico em uma
determinada época pode ser considerado não-artístico em outra.1
História do conceito
No ocidente, um conceito geral de arte, ou seja, aquilo que teriam em comum coisas tão distintas como, por exemplo, um madrigal renascentista, uma catedral gótica, a poesia de Homero, os autos de mistério medievais, um retábulo barroco,
só começou a se formar em meados do século XVIII, embora a palavra já
estivesse em uso há séculos para designar qualquer habilidade especial.2
Na Antiguidade clássica,
uma das principais bases da civilização ocidental e a primeira cultura
que refletiu sobre o tema, considerava-se arte qualquer atividade que
envolvesse uma habilidade especial: habilidade para construir um barco,
para comandar um exército, para convencer o público em um discurso, em
suma, qualquer atividade que se baseasse em regras definidas e que fosse
sujeita a um aprendizado e desenvolvimento técnico. Em contraste, a
poesia, por exemplo, não era tida como arte, pois era considerada fruto
de uma inspiração.3 Platão
definiu arte como uma capacidade de fazer coisas de modo inteligente
através de um aprendizado, sendo um reflexo da capacidade criadora do
ser humano;4 Aristóteles a definiu como uma disposição de produzir coisas de forma racional, e Quintiliano a entendia como aquilo que era baseado em um método e em uma ordem.5 Já Cassiodoro destacou seu aspecto produtivo e ordenado, assinalando três funções para ela: ensinar, comover e agradar ou dar prazer.6
Essa visão atravessou a Idade Média, mas no Renascimento
iniciou uma mudança, separando-se os ofícios produtivos e as ciências
das artes propriamente ditas, incluindo-se pela primeira vez a poesia no
domínio artístico. A mudança foi influenciada pela tradução para o
italiano da Poética
de Aristóteles e pela progressiva ascensão social do artista, que
buscava um afastamento dos artesãos e artífices e uma aproximação dos
intelectuais, cientistas e filósofos. O objeto artístico passou a ser
considerado tanto fonte de prazer como meio de assinalar distinções
sociais de poder, riqueza e prestígio, incrementando-se o mecenato e o
colecionismo.7 Começaram a aparecer também diversos tratados sobre as artes, como o De pictura, De statua e De re aedificatoria, de Leon Battista Alberti, e os Comentários de Lorenzo Ghiberti. Ghiberti foi o primeiro a periodizar a história da arte, distinguindo a arte clássica, a arte medieval e a arte renascentista.8
O Maneirismo assinala o início da arte moderna. O conceito de beleza
se relativizou, privilegiando-se a visão pessoal e a imaginação do
artista em detrimento do conceito mais ou menos unificado e de índole
científica do Renascimento. Também se deu valor ao fantástico e ao
grotesco. Para Giordano Bruno, havia tantas artes quantos eram os artistas, introduzindo o conceito de originalidade, pois para ele a arte não tem normas, não se aprende e procede da inspiração.9
No século XVIII começou a se consolidar a estética
como um elemento-chave para a definição de arte como hoje a entendemos -
a despeito da vagueza e inconsistências do conceito. Até então toda a
arte do ocidente estava indissociavelmente ligada a uma ou mais funções
definidas, ou seja, era uma atividade essencialmente utilitária: servia
para a transmissão de conhecimento, para a estruturação e decoração de
rituais e festividades, para a invocação ou mediação de poderes
espirituais ou mágicos, para o embelezamento de edifícios, locais e
cidades, para a distinção social, para a recordação da história e a
preservação de tradições, para a educação moral, cívica, religiosa e
cultural, para a consagração e perpetuação de valores e ideologias
socialmente relevantes, e assim por diante.10
Esta mudança de paradigma estava ligada a transformações culturais desencadeadas pelo cientificismo e pelo iluminismo. Estas correntes de pensamento passaram a defender a tese de que a arte não era uma ciência,
não podia descrever com exatidão a realidade, e por isso não poderia
ser um veículo adequado para o conhecimento verdadeiro. Não sendo uma
ciência, a arte passou para a esfera da emoção, da sensorialidade e do sentimento. A própria origem da palavra estética deriva de um termo grego que significa sensação. Em trabalhos de Jean-Baptiste Dubos, Friedrich von Schlegel, Arthur Schopenhauer, Théophile Gautier e outros nasceu o conceito de arte pela arte,
onde ela tinha um fim em si mesma, despojando-a de toda a sua antiga
funcionalidade e utilidade prática e associações com a moral. Ao mesmo
tempo em que isso abriu um novo e rico campo filosófico, gerou
dificuldades importantes: perdeu-se a capacidade de se entender a arte
antiga em seu próprio contexto, onde ela era toda funcional - um
testemunho desta tendência é a proliferação de museus
no século XIX, instituições onde todos os tipos de arte são
apresentados fora de seu contexto original -, e criaram-se conceitos
inteiramente baseados na subjetividade, tornando cada vez mais difícil
encontrar-se pontos objetivos em comum que pudessem ser aplicados a
qualquer tipo de arte, tanto para defini-la quanto para valorá-la ou
interpretar seu significado. O esteticismo foi um dos elementos teóricos
básicos para a emergência do Romantismo, que rejeitou o utilitarismo da arte e deu um valor principal à criatividade, à intuição, à liberdade e à visão individuais do artista, erigindo-o ao status de demiurgo e profeta e fomentando com isso o culto do gênio.
Por outro lado, o esteticismo ofereceu uma alternativa para a descrição
de aspectos do mundo e da vida que não estão ao alcance da ciência e da
razão.11 12 Charles Baudelaire
foi um dos primeiros a analisar a relação da arte com o progresso e a
era industrial, prefigurando a noção de que não existe beleza absoluta,
mas que é relativa e mutável de acordo com os tempos e com as
predisposições de cada indivíduo. Acreditava que a arte tinha um
componente eterno e imutável - sua alma - e um componente circunstancial
e transitório - seu corpo. Este dualismo nada mais do que expressava a
dualidade inerente ao homem em seu anelo pelo ideal e seu enfrentamento
da realidade concreta.13
Em que pese a grande influência do esteticismo, cujo corolário apareceria no início do século XX na forma do abstracionismo, uma apoteose do individualismo artístico,14 houve correntes que o combateram. Hippolyte Taine elaborou uma teoria de que a arte tem um fundamento sociológico, aplicando-lhe um determinismo
baseado na raça, no contexto social e na época. Reivindicou para a
estética um caráter científico, com pressupostos racionais e empíricos. Jean Marie Guyau apresentou uma perspectiva evolucionista,
afirmando que a arte está na vida e evolui com ela, e assim como a vida
se organiza em sociedades, a arte deve ser um reflexo da sociedade que a
produz.15 A estética sociológica teve associações com os movimentos políticos de esquerda, especialmente o socialismo utópico,
defendendo para a arte o retorno a uma função social, contribuindo para
o desenvolvimento das sociedades e da fraternidade humana, como se
percebe nos trabalhos de Henri de Saint-Simon, Lev Tolstoi e Pierre Joseph Proudhon, entre outros. John Ruskin e William Morris
denunciaram a banalização da arte causada pelo esteticismo e pela
sociedade industrial, e defenderam a volta ao sistema corporativo e
artesanal medieval.16 17
Na mesma época a arte começou a ser estudada sob o ponto de vista psicológico e semiótico através da contribuição de Sigmund Freud. Ele declarou que a arte poderia ser uma forma de representação de desejos e de sublimação de pulsões irracionais reprimidas. Disse que o artista era um narcisista, e que as obras de arte podiam ser analisadas da mesma forma que os sonhos, os símbolos e as doenças mentais. Continuou nessa linha seu discípulo Carl Jung, que introduziu o conceito de arquétipo na análise artística.18 Outra novidade foi introduzida por Wilhelm Dilthey, considerando arte e vida serem uma unidade. Prefigurando a arte contemporânea,
reconheceu a importância da reação do público na definição do que é um
objeto artístico, o que instaurava uma espécie de anarquia do gosto,
inaugurando a estética cultural. Reconheceu também que a época
assinalava uma mudança social e uma nova interpretação da realidade. Ao
artista caberia intensificar nossa visão de mundo em uma obra coerente e
significativa.19
Na primeira metade do século XX conceitos inovadores foram introduzidos pela Escola de Frankfurt, destacando-se Walter Benjamin e Theodor Adorno, estudando os efeitos da industrialização, da tecnologia e da cultura de massa sobre a arte. Benjamin analisou a perda da aura
do objeto artístico na sociedade contemporânea, e Adorno refletiu que a
arte não é um reflexo mecânico da sociedade que a produz, pois a arte
expressa o que não existe e indica a possibilidade de transformação e
transcendência. Representante do pragmatismo, John Dewey
definiu a arte como "a culminação da natureza", defendendo que a base
da estética é a experiência sensorial. A atividade artística seria uma
consequência da atividade natural do ser humano, cuja forma organizativa
depende dos condicionamentos ambientais em que se desenvolve. Assim,
arte seria o mesmo que "expressão", onde fins e meios se fundem em una
experiência agradável. Já Ortega y Gasset apontou o caráter elitista e a desumanização da arte de vanguarda, devido ao seu hermetismo, ao repúdio da imitação da natureza e à perda da perspectiva histórica. Na escola semiótica, Luigi Pareyson elaborou uma estética hermenêutica, onde arte é a interpretação da verdade. Para ele, a arte é "formativa", ou seja, expressa uma forma de fazer que ao mesmo tempo inventa sua própria linguagem
e seus meios. Assim a arte não seria o resultado de um projeto
predeterminado, mas simplesmente encontraria o resultado no processo de
fazer. Pareyson influenciou a chamada Escola de Turim, que desenvolveu o conceito ontológico de arte. Umberto Eco,
seu maior expoente, afirmou que a obra de arte só existe em sua
interpretação, na abertura de múltiplos significados que pode ter para o
espectador.20
Chegando-se aos meados do século XX, o assunto se tornou tão
complexo, volátil e subjetivo que muitos estudiosos abandonaram de todo a
ideia de que a definição do que é arte é de alguma forma possível. A
título de exemplo, cite-se algumas opiniões: Morris Weitz
declarou que "o próprio caráter aventuroso e expansivo da arte, suas
constantes mutações e novidades, torna ilógico que estabeleçamos
qualquer conjunto de propriedades definidas". Robert Rosenblum disse que "hoje em dia a ideia de definirmos arte é tão remota que não acredito que alguém teria coragem de fazê-lo", e Wladyslaw Tatarkiewicz
afirmou que "nosso século chegou à conclusão de que conseguirmos uma
definição abrangente do que é arte é não apenas algo dificílimo, como
impossível". Essas visões, porém, não impediram que outros críticos
lançassem opiniões diferentes, crendo ser possível uma definição. Alguns
delas contornaram o problema central da definição propriamente dita, e
estabeleceram parâmetros externos para definir o fato artístico,
recorrendo à consagração institucional, à autoridade, ou à resposta do
público ou de pessoas consideradas peritas. Um exemplo é a definição de George Dickie:
"um objeto artístico é em primeiro lugar um artefato, e em segundo, é
um conjunto de aspectos que legitimou sua proposta de merecer atenção
especial de alguma pessoa ou pessoas agindo em nome de alguma
instituição social". Às vezes se recorre à sua localização e ao contexto
cultural, como na declaração de Thomas McEvilley,
dizendo que "é arte o que está num museu... Parece bem claro que hoje
em dia mais ou menos qualquer coisa pode ser chamada de arte. A questão
é: ela foi chamada de arte pelo 'sistema de arte'? Em nosso século, isso
é tudo o que é preciso para definir arte". Na mesma linha de ideias, Robert Hughes
disse que algo é arte "se foi criado com o fim expresso de ser
considerado como tal e foi colocado em um contexto em que é visto como
tal".21 Segundo a definição da Encyclopedia Britannica, arte é aquilo que é criado deliberadamente pelo homem como uma expressão de habilidade ou da imaginação.22
Formas, gêneros, mídias, e estilos
Ver artigo principal: Estilo
As artes são muitas vezes divididas em categorias específicas, tais como artes decorativas, artes plásticas, artes do espectáculo, ou literatura. Assim, por exemplo, pintura é uma forma de arte plástica, e a poesia é uma forma de arte literária.
Uma forma
de arte é uma forma específica de expressão artística, é um termo mais
específico do que arte em geral, mas menos específico do que gênero.
Alguns exemplos incluem Arquitectura, Arte digital, Banda desenhada, Cinema, Dança, Desenho, Escultura, Graffiti, Fotografia, Literatura (Poesia e Prosa), Teatro, Música, Pintura.
As mídias (meios)
para uma obra de arte ser construída são as mais diversas. Precisa-se
de materiais propícios para ela ser realizada pelo artista. Assim, por
exemplo, pedra e bronze são duas mídias capazes de construir uma obra de arte, como, no caso, uma escultura. A música e a poesia usam o som, a pintura usa tintas e suportes, como a tela e a madeira.
Um gênero artístico é o conjunto de convenções, temáticas e estilos dentro de uma forma de arte e mídia. Por exemplo, o Cinema possui uma gama de gêneros, como aventura, horror, comédia, romance. É assim também na literatura. Na música, há centenas de gêneros musicais, que variam de região, cultura e etc., e vão desde rock, até Mpb. Na pintura incluem paisagem, retrato, cotidiano (ruas, pessoas em suas atividades diárias, etc.).
Periodização
Ver artigo principal: História da arte
Arte pré-histórica (c. 25000-3000 a.C.)
Ver artigo principal: Arte pré-histórica
Desenvolveu-se entre o Paleolítico Superior e o Neolítico, onde aparecem as primeiras manifestações que podem ser considerados como arte. No Paleolítico o homem, dedicado à caça e vivendo em cavernas, praticou a chamada arte rupestre. No Neolítico tornou-se sedentário e desenvolveu a agricultura, com sociedades cada vez mais complexas, onde a religião ganhou importância. São exemplos os monumentos megalíticos e um início de produção artesanal na forma de vasos de cerâmica e estatuetas.23
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Pinturas rupestres na gruta de Lascaux
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Monumento megalítico de Stonehenge
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Gravuras rupestres em Bohuslän
Arte antiga (c. 3000-300 a.C.)
No Egito e na Mesopotâmia
viveram as primeiras civilizações altamente estruturadas, e seus
artistas/artesãos produziram obras complexas que já apresentam uma
especialização profissional. A arte egípcia se caracterizou pelo caráter
religioso e político, com destaque para a arquitetura, a pintura e a
escultura. A escultura e a pintura mostram a figura humana em um estilo
fortemente hierático e esquemático, devido à rigidez de seus cânones
simbólicos e religiosos. A arte mesopotâmica se desenvolveu na área
entre os rios Tigre e Eufrates, sendo testemunha de culturas diferentes, como os sumérios, acadianos, assírios e persas. Na arquitetura se incluem os zigurates,
grandes templos piramidais em degraus, enquanto que na escultura
predomina cenas religiosas, de caça e de guerra, com a presença de
figuras humanas e animais reais ou mitológicos.24
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Templo egípcio em Filas
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Relevo em ouro e esmaltes do tesouro de Tutancâmon
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Um shedu assírio
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Dama de Elche ibérica
Arte clássica (1000 a.C.-300 d.C.)
A arte da Grécia Antiga marcou a evolução da arte ocidental. Depois de um começo em que salientaram as civilizações Minoica e Micênica, a arte grega se desenvolveu em três períodos: arcaico, clássico e helenístico. Na arquitetura se destacaram os templos,
com suas três ordens: dórica, jônica e coríntia. Na escultura dominou a
representação do corpo humano, atingindo uma síntese entre naturalismo e
idealismo no período clássico, com destaque para a produção de Míron, Fídias, Policleto e Praxíteles.
Com claros precedentes na arte etrusca e na arte grega, a arte romana
alcançou quase todos os cantos da Europa, Norte de África e do Oriente
Médio, estabelecendo as bases da arte ocidental. Grandes engenheiros e
construtores, se destacaram na arquitetura civil desenvolvendo o arco e a cúpula,
com a construção de estradas, pontes, aquedutos e obras urbanas, bem
como os templos, palácios, teatros, anfiteatros, circos, banhos, arcos
triunfais, etc. A escultura, inspirada na grega, é também centrada na
figura humana, mas de forma mais realista. A pintura e o mosaico são conhecidos pelos vestígios encontrados em Pompeia e alguns outros lugares.25
Arte medieval (c. 300-1350)
Ver artigo principal: Arte medieval
A arte medieval, sendo uma derivação direta da arte romana, inicia com a arte paleocristã, após a oficialização do cristianismo como religião do Império Romano.
Trabalharam as formas clássicas para interpretar a nova doutrina
religiosa. Porém, logo o estilo clássico se pulverizou em uma
multiplicidade de escolas regionais, com o aparecimento de formas mais
esquemáticas e simplificadas. Na arquitetura destacou-se como o tipo basílica, enquanto que na escultura os sarcófagos assumiram papel destacado, bem como os mosaicos e as pinturas das catacumbas. A etapa seguinte constituiu a chamada arte bizantina, incorporando influências orientais e gregas, e tendo no ícone e nos mosaicos seus gêneros principais. A arte românica seguiu-lhe paralelamente, recebendo a influência de povos bárbaros como os germânicos, celtas e godos.
Foi o primeiro estilo de arte internacional depois da queda do Império
Romano. Eminentemente religiosa, a maioria da arte românica visa a
exaltação e difusão do cristianismo. A arquitetura enfatiza o uso de
abóbadas e arcos, começando a construção de grandes catedrais, que
continuará durante o gótico. A escultura se desenvolveu principalmente no âmbito arquitetônico, com formas esquematizadas. A arte gótica
se desenvolveu entre os séculos XII e XVI, sendo um momento de
florescimento econômico e cultural. A arquitetura foi profundamente
alterada a partir da introdução do arco ogival e do arcobotante,
nascendo formas mais leves e mais dinâmicas, que possibilitaram a
construção de edifícios mais altos e com aberturas maiores, tipificados
na catedral gótica. A escultura continua principalmente enquadrada na
obra arquitetônica, mas começou a desenvolver-se de forma autônoma, com
formas mais realistas e elegantes inspirados pela natureza e, em parte,
numa recuperação de influências clássicas. Aparecem grandes retábulos
escultóricos e a pintura desenvolve técnicas inovadoras como o óleo e a
têmpera, criando-se obras de grande detalhamento.26
-
Imagem do Bom Pastor na catacumba de São Calisto
-
Mosaico bizantino em San Vitale de Ravena
-
Página do Livro de Kells da arte hiberno-saxónica, no perído românico
-
Fachada principal da Catedral de Amiens, gótica
Arte na Idade Moderna (c. 1350-1850)
Ver artigo principal: Arte moderna
A Idade Moderna inicia no Renascimento, período de grande esplendor
cultural na Europa. A religião deu lugar a uma concepção científica do
homem e do universo, no sistema do humanismo.
As novas descobertas geográficas levaram a civilização europeia a se
expandir para todos os continentes, e através da invenção da imprensa
a cultura se universalizou. Sua arte foi inspirada basicamente na arte
clássica greco-romana e na observação científica da natureza. Entre seus
expoentes estão Filippo Brunelleschi, Leon Battista Alberti, Bramante, Donatello, Leonardo da Vinci, Dante Alighieri, Petrarca, Rafael, Dürer, Palestrina e Lassus. Sua continuação produziu o Maneirismo,
com a emergência de um maior individualismo e um senso de drama e
extravagância, proliferando em inúmeras escolas regionais. Também foi
importante nesta fase a disputa entre protestantes e católicos contra-reformistas, com repercussões na arte sacra. Shakespeare, Cervantes, Camões, Andrea Palladio, Parmigianino, Monteverdi, El Greco e Michelangelo são alguns de seus representantes mais notórios. No período barroco fortaleceram-se os Estados nacionais, dando origem ao absolutismo.
Como reflexo disso a arte se torna suntuosa e grandiloquente,
privilegiando os contrastes acentuados, o senso de drama e o movimento.
Firmam-se grandes escolas em vários países, como na Itália, França,
Espanha e Alemanha. São nomes fundamentais do período Góngora, Vieira, Molière, Donne, Bernini, Bach, Haendel, Lully, Pozzo, Borromini, Caravaggio, Rubens, Poussin, Lorrain, Rembrandt, Ribera, Zurbarán, Velázquez, entre uma multidão de outros.27
Sua sequência foi o Rococó,
surgido a partir de meados do século XVIII, com formas mais leves e
elegantes, privilegiando o decorativismo, a sofisticação aristocrática e
a sensibilidade individual. Ao mesmo tempo se firmava uma corrente iluminista, pregando o primado da razão e um retorno à natureza. Foram importantes, por exemplo, Voltaire, Jean-Jacques Rousseau, Carl Philipp Emanuel Bach, Jean-Antoine Houdon, Antoine Watteau, Jean-Honoré Fragonard, Joshua Reynolds e Thomas Gainsborough. No final do século emergem duas correntes opostas: o Romantismo e o Neoclassicismo, que dominarão até meados do século XIX, às vezes em sínteses ecléticas, como na obra de Goethe.
O Romantismo enfatizava a experiência individual do artista, com obras
arrebatadas, visionárias e dramáticas, enquanto que o Neoclassicismo
recuperava o ideal equilibrado do classicismo e impunha uma função
social moralizante e política para a arte. Na primeira corrente podem
ser destacados Victor Hugo, Byron, Eugène Delacroix, Francisco de Goya, Frédéric Chopin, Ludwig van Beethoven, William Turner, Richard Wagner, William Blake, Albert Bierstadt e Caspar David Friedrich, e, na segunda, Jacques-Louis David, Mozart, Haydn e Antonio Canova.28
-
A Escola de Atenas, de Rafael, renascentista
-
O Êxtase de Santa Teresa, de Bernini, barroco
-
Basílica de Ottobeuren, rococó
-
Abadia no Carvalhal, de Caspar David Friedrich, romântico
Arte contemporânea (c. 1850-atualidade)
Ver artigo principal: Modernismo, Arte contemporânea
Entre meados do século XIX e o início do século XX se lançaram as
bases da sociedade contemporânea, marcada no terreno político pelo fim
do absolutismo e a instauração dos governos democráticos. No campo econômico, marcaram esta fase a Revolução Industrial e a consolidação do capitalismo, que tiveram respostas nas doutrinas de esquerda como o marxismo, e nas lutas de classes.
Na arte o que tipifica o período é a multiplicação de correntes
grandemente diferenciadas. Até o fim do século XIX surgiram, por
exemplo, o realismo, o impressionismo, o simbolismo e o pós-impressionismo.29
O século XX se caracterizou por uma forte ênfase no questionamento
das antigas bases da arte, propondo-se a criar um novo paradigma de
cultura e sociedade e derrubar tudo o que fosse tradição. Até meados do
século as vanguardas foram enfeixadas no rótulo de modernismo,
e desde então elas se sucedem cada vez com maior rapidez, chegando aos
dias de hoje a um estado de total pulverização dos estilos e estéticas,
que convivem, dialogam, se influenciam e se enfrentam mutuamente. Também
surgiu uma tendência de solicitar a participação do público no processo
de criação, e incorporar ao domínio artístico uma variedade de temas,
estilos, práticas e tecnologias antes desconhecidas ou excluídas. Entre
as inúmeras tendências do século XX podemos citar: art nouveau, fauvismo, pontilhismo, abstracionismo, expressionismo, realismo socialista, cubismo, futurismo, dadaísmo, surrealismo, funcionalismo, construtivismo, informalismo, arte pop, neorrealismo, artes de ação (performance, happening, instalação), op art, videoarte, minimalismo, arte conceitual, fotorrealismo, land art, arte povera, body art, arte pós-moderna, transvanguarda, neoexpressionismo.30
-
Paul Cézanne: As grandes banhistas, c. 1906, modernista
-
Wassily Kandinsky: Fuga, 1914, abstracionista
-
Dente e garfo, 1922, de Hans Arp, modernista
-
Salvador Dali A (Dali Atomicus), fotografia surrealista de Philippe Halsman, 1941
-
Dobraduras com disco vermelho, escultura cinética de Alexander Calder, 1973
-
O túnel sob o Atlântico, instalação e performance de Maurice Benayoun, 1995
-
Prédio do Museu Guggenheim em Bilbao, projetado por Frank Gehry
Historiografia da arte
Ver artigo principal: Historiografia da arte
A historiografia da arte é a ciência que analisa o estudo da história da arte desde um ponto de vista metodológico, ou seja, a forma como o historiador
realiza o estudo da arte, as ferramentas e disciplinas que podem ser
usadas para esse estudo. O mundo da arte sempre tem levado em paralelo
um componente de auto-reflexão, desde antigamente os artistas, e outras
pessoas a seu redor, tem escrito diversas reflexões sobre sua atovodade.
Vitruvio escreveu o tratado sobre a arquitetura mais antigo que se conserva, De Architectura. Sua descrição das formas arquitetônicas da antigudade grecorromana influenciaram o Renascimento, sendo por sua vez uma importante fonte documental para as informações sobre a pintura e escultura grega e romana.31 Giorgio Vasari, em Le vite de' più eccellenti pittori, scultori e architettori
(1542-1550), foi um dos predecessores da historiografia da arte,
fazendo uma crônica dos principais artistas de seu tempo, pondo especial
ênfase na progressão e no desenvolvimento da arte. No entanto, estes
escritos, geralmente crônicas, inventários, biografias ou outros
escritos mais ou menos literários, careciam de perspectiva histórica e o
rigor científico necessários para serem considerados historiografia da
arte.32
Johann Joachim Winckelmann
é considerado o pai da história da arte, criando uma metodologia
científica para a classificação das artes e baseando a História da arte
em uma teoria estética de influência neoplatônica: a beleza é o resultado de uma materialização da ideia. Grande admirador da cultura grega, postulou que na Grécia
antiga se deu a beleza perfeita, gerando um mito sobre a perfeição da
beleza clássica que ainda condiciona a perfeição da arte hoje em dia. Em
Reflexão sobre a imitação das obras de arte gregas (1755)
afirmou que os gregos chegaram a um estado de perfeição total na
imitação da natureza, e assim nós agora só podemos imitar os gregos.
Assim mesmo, relacionou a arte com as etapas da vida humana (infância,
idade adulta, velhice), estabelecendo uma evolução da arte em três
estilos: arcaico, clássico e helenístico.33
Durante o século XIX, a nova disciplina buscou uma formulação mais prática e rigorosa, especialmente desde a aparição do positivismo.
No entanto, essa tarefa foi abordada por diversas metodologias que
trouxeram uma grande variedade de tendências historiográficas: o romantismo impôs uma visão historicista e revivalista do passado, resgatando e pondo em moda novamente estilos artísticos que haviam sido desvalorizados pelo neoclassicismo winckelmanniano; assim o vemos na obra de Ruskin, Viollet-le-Duc, Goethe, Schlegel, Wackenroder, entre outros. Em vez disso, a obra de autores como Karl Friedrich von Rumohr, Jacob Burckhardt e Hippolyte Taine,
foram a primeira tentativa séria de formular uma história da arte com
base em critérios científicos, baseando-se em análises críticas das
fontes historiográficas. Por outro lado, Giovanni Morelli introduziu o conceito de connoisseur, o especialista em arte, que a analisa com base tanto em seus conhecimentos como em sua intuição.34
A primeira escola historiográfica de grande relevância foi o formalismo, que defendia o estudo da arte a partir do estilo, aplicando uma metodologia evolucionista que defendia a arte uma autonomia longe de qualquer consideração filosófica, rejeitando a estética romantica e o ideal hegeliano, e se aproximando do neokantismo. Seu primeiro teórico foi Heinrich Wölfflin, considerado o pai da moderna História da arte. Ele aplicou a arte critérios científicos, como o estudo psicológico ou o método comparativo: definia os estilos por suas diferenças estruturais inerentes aos mesmos, como argumentou em sua obra Conceitos fundamentais da História da Arte
(1915). Wölfflin não atribuiu importância às biografias dos artistas,
defendendo por outro lado a ideia de nacionalidade, de escolas
artísticas e estilos nacionais. As teorias de Wölfflin foram continuadas
pela chamada Escola de Viena, com autores como Alois Riegl, Max Dvořák, Hans Sedlmayr e Otto Pächt.35
Já no século XX, a historiografia da arte tem continuado dividida
entre múltiplas tendências, desde autores ainda enquadrados no
formalismo (Roger Fry, Henri Focillon), passando pelas escolas sociológica (Friedrich Antal, Arnold Hauser, Pierre Francastel, Giulio Carlo Argan) ou psicológica (Rudolf Arnheim, Max Wertheimer, Wolfgang Köhler), até perspectivas individuais e sintetizadores como as de Adolf Goldschmidt o Adolfo Venturi. Uma das escolas mais reconhecidas tem sido a da iconologia, que centra seus estudos na simbologia e no significado da obra artística. Através do estudo de imagens, emblemas, alegorias
e demais elementos de significado visual, pretendem esclarecer a
mensagem que o artista pretendeu transmitir em sua obra, estudando a
imagem desde postulados mitológicos, religiosos ou históricos, ou de
qualquer índole semântica presente em qualquer estilo artístico. Os principais teóricos desse movimento foram Aby Warburg, Erwin Panofsky, Ernst Gombrich, Rudolf Wittkower y Fritz Saxl.36
Crítica de arte
Ver artigo principal: Crítica de arte
A crítica de arte
é um gênero, entre literário e acadêmico, que faz uma avaliação sobre
as obras de arte, artistas ou expositores, em princípio de forma pessoal
e subjetiva, mas baseando-se na história da arte
e suas múltiplas disciplinas, avaliando-se a arte segundo seu contexto
ou evolução. É avaliativa, informativa e comparativa, apontando dados
empíricos e testáveis. Denis Diderot é considerado o primeiro crítico de arte moderno, por seus comentários sobre as obras de arte expostas nos salões de Paris, realizados no Museu do Louvre
desde 1725. Esses salões, abertos ao público, atuaram como centro
difusor de tendências artísticas, propiciando modas e gostos em relação a
arte, assim foram objeto de debate e crítica. Diderot escreveu suas
impressões sobre esses salões primeiro em uma carta escrita em 1759, que
foi publicada na correspondência literária de Frédéric-Melchior Grimm, e desde então até 1781, sendo o ponto de partida desse gênero.37
No início da crítica de arte tem que se avaliar, por um lado, o
acesso do público a essas exposições artísticas, que junto com a
proliferação dos meios de comunicação em massa desde o século XVIII
produziram uma via de comunicação direta entre o crítico e o público a
que se dirige. Por outro lado, o auge da burguesia
como classe social que inventou a arte como objeto de ostentação, e o
crescimento do mercado artístico que levou consigo, proporcionaram um
ambiente social necessário para a consolidação da crítica artística. A
crítica de arte tem estado geralmente vinculada ao periodismo,
exercendo um trabalho de porta-voz do gosto artístico que, por um lado,
lhes tem conferido um grande poder, ao ser capaz de afundar ou elevar a
obra de um artista, mas por outro lado lhes tem feito objeto de ferozes
ataques e controversas. Outro ponto a ressaltar é o caráter de
atualidade da crítica da arte, já que se centra em um contexto histórico
e geográfico no qual o crítica realiza seu trabalho, imersa em um
fenômeno cada vez mais dinâmico como é o das correntes de moda. Assim, a
falta de historicidade para emitir um juízo sobre as bases consolidadas
leva a crítica de arte a estar frequentemente sustentada na intuição do
crítico, como um fator de risco que leva consigo. Por fim, como
disciplina sujeita a seu tempo e a evolução cultural da sociedade, a
crítica de arte sempre revela um componente do pensamento social no qual
se vê imersa, existindo assim diversas correntes de crítica de arte: romântica, positivista, fenomenológica, semiológica, etc.38 Disse Charles Baudelaire:
"Para ser justa, ou melhor, para ter sua razão de ser, a crítica deve
ser parcial, apaixonada, política; isto é: deve adotar um ponto de vista
exclusivo, mas um ponto de vista exclusivo que abra ao máximo os
horizontes." 39
Entre os críticos de arte tem havido desde famosos escritores até os
próprios historiadores de arte, que muitas vezes tem passado de análises
metodológicas a crítica pessoal e subjetiva, conscientes de que são uma
arma de grande poder hoje em dia. Podem ser citados Charles Baudelaire, John Ruskin, Oscar Wilde, Émile Zola, Joris-Karl Huysmans, Guillaume Apollinaire, Wilhelm Worringer, Clement Greenberg e Michel Tapié.40
Sociologia da arte
Ver artigo principal: Sociologia da arte
A sociologia da arte é uma disciplina das ciências sociais que estuda a arte desde uma abordagem metodológica baseada na sociologia. Seu objetivo é estudar a arte como produto da sociedade
humana, analisando os diversos componentes sociais que contribuem para a
gênese e difusão da obra artística. A sociologia da arte é uma ciência
multidisciplinar, recorrendo para suas análises a diversas disciplinas
como a cultura, a política, economia, antropologia, linguística, filosofia,
e demais ciências sociais que influenciam no desenvolvimento da
sociedade. Entre os diversos objetos de estudo da sociologia da arte se
encontram vários fatores que interveem desde um ponto de vista social na
criação artística, desde aspectos mais genéricos como a situação social
do artista ou a estrutura sociocultural do público, até mais
específicos como o mecenato, o mercantilismo e comercialização da arte, as galerias de arte, a crítica de arte, colecionadores, museografia, instituições e fundações artísticas, etc.41 Também cabe destaque no século XX a aparição de novos fatores como o avanço da difusão dos meios de comunicação, a cultura de massas, a categorização da moda, a incorporação de novas tecnologias ou a abertura de conceitos na criação material da obra de arte (arte conceitual, arte de ação).
A sociologia da arte deve seus primeiros passos a interesses de diversos historiadores pela análise do ambiente social da arte desde metade o século XIX, especialmente após a criação do positivismo como método de análise científica da cultura, e a criação da sociologia como ciência autônoma por Auguste Comte.
No entanto, a sociologia da arte se desenvolveu como disciplina própria
durante o século XX, com sua própria metodologia e seus objetos de
estudo determinados. O ponto de partida dessa disciplina é geralmente
situado imediatamente após a Segunda Guerra Mundial, com a aparição de diversas obras decisivas no desenvolvimento dessa corrente disciplinas: Arte e revolução industrial, de Francis Klingder (1947); A pintura florentina e seu ambiente social, de Friedrih Antal (1948); e História social da literatura e a arte, de Arnold Hauser (1951). No seu início, a sociologia da arte esteve estritamente vinculada ao marxismo - como os próprios Hauser e Antal, ou Nikos Hadjinikolaou, autor de História da arte e luta de classes
(1973) - embora, em seguida, se distanciou dessa tendência para
adquirir autonomia própria como ciência. Outros autores destacados dessa
disciplina são Pierre Francastel, Herbert Read, Francis Haskell, Michael Baxandall, Peter Burke e Giulio Carlo Argan.42
Psicologia da arte
Ver artigo principal: Psicologia da arte
A psicologia da arte é a ciência que estuda os fenômenos da criação e apreciação artística desde uma perspectiva psicológica.
A arte é, como manifestação da atividade humana, suscetível a ser
analisada de forma psicológica, estudando os diversos processos mentais e
culturais que ocorrem durante a criação da arte, tanto em sua criação
como em sua recepção por parte do público. Por outro lado, como fenômeno
da conduta humana, pode servir como base de análise da consciência
humana, sendo a percepção estética um fator distintivo do ser humano
como espécie, que o diferencia dos animais. A psicologia da arte é uma
ciência interdisciplinar, que deve recorrer fortemente a outras
disciplinas científicas para poder efetuar sua análise, desde -
logicamente - a história da arte, até a filosofia e a estética, passando pela sociologia, antropologia, neurobiologia, etc. Também está estritamente conectada com o resto dos ramos da psicologia, desde a psicoanálise até a psicologia cognitiva, evolutiva ou social, passando pela psicobiologia e os estudos de personalidade. Assim mesmo, a nível fisiológico, a psicologia da arte estuda os processos básicos da atividade humana - como a percepção, a emoção e a memória-, assim como as funções superiores do pensamento e da linguagem. Entre seus objetos de estudo se encontram tanto a percepção de cor (recepção retiniana e processamento do córtex) e a análise da forma, como os estudos sobre a criatividade, capacidades cognitivas (símbolos, ícones), e a arte como terapia. Para o desenvolvimento dessa disciplina foram essenciais as contribuições de Sigmund Freud, Gustav fechner, a escola de Gestalt (dentro da qual se destacam os trabalhos de Rudolf Arnheim), Lev Vygotski, Howard Gardner, etc.43
Uma das principais correntes da psicologia da arte tem sido a Escola de Gestalt,
que afirma que estamos condicionados pela nossa cultura -em sentido
antropológico-, e que a cultura condiciona nossa percepção. Toma como
ponto de parte a obra de Karl Popper,
que afirma que na apreciação estética há um pouco de insegurança
(gosto), que não tem base científica e não se pode generalizar; levamos
uma ideia preconcebida ("hipótese prévia"), que faz com que encontremos
no objeto o que buscamos. Segundo a Gestalt, a mente configura, através
de certas leis, os elementos que chegam a ela através dos canais
sensoriais (percepção) ou da memória (pensamento, inteligência e
resolução de problemas). Em nossa experiência do meio ambiente,
esta configuração tem um caráter primário sobre os elementos que a
compõem, e a soma desses últimos por si próprios não poderia nos levar,
portanto, a compreensão do funcionamento mental. Se fundamentam na noção
de estrutura, entendida como um todo significativo de relações entre
estímulos e respostas, e tentam entender os fenômenos em sua totalidade,
sem esperar os elementos do conjunto, que formam uma estrutura
integrada fora da qual esses elementos não teriam significado. Seus
principais expoentes foram Rudolf Arnheim, Max Wertheimer, Wolfgang Köhler, Kurt Koffka y Kurt Lewin.44
Conservação e restauro
Ver artigo principal: Conservação e restauro
A conservação e restauro
de obras de arte é uma atividade que tem por objeto a reparação ou
atuação preventiva de qualquer obra que, devido a sua antiguidade ou
estado de conservação, seja necessária uma intervenção para preservar
sua integridade física, assim como seu valor artístico, respeitando ao
máximo a essência original da obra.45 Na opinião de Cesare Brandi,
"a restauração deve se dirigir ao reestabelecimento da unidade
potencial da obra de arte, sempre que isso seja possível sem cometer uma
falsificação artística ou uma falsificação histórica, e sem apagar
pegada alguma do transcurso da obra de arte através do tempo.46
Na arquitetura,
a restauração é apenas do tipo funcional, para preservar a estrutura e
unidade do edifício, ou reparar rachaduras ou pequenos defeitos que
podem surgir nos materiais. Até o século XVIII, as restaurações
arquitetônicas só preservavam as obras de culto religioso, dado seu
caráter litúrgico e simbólico, reconstruindo outro tipo de edifício sem respeitar sequer o estilo original. Por fim, desde o auge da arqueologia ao final do século XVIII, especialmente com as escavações de Pompeia e Herculano,
se tendeu a preservar a medida do possível qualquer estrutura do
passado, sempre e cquando tivesse um valor artístico e cultural. Ainda
assim, no século XIX os ideais românticos levaram a buscar a pureza estilística do edifício, e a moda do historicismo levou a planejamentos como os de Viollet-le-Duc,
defensor da intervenção em monumentos com base em um certo ideal
estilístico. Na atualidade, se tende a preservar ao máximo a integridade
dos edifícios históricos.
Na área da pintura,
se tem evoluído desde uma primeira perspectiva de tentar recuperar a
legibilidade da imagem, acrescentando se fosse necessário partes
perdidas da obra, a respeitar a integridade tanto física como estética
da obra de arte, fazendo as intervenções necessárias para suas
conservação sem que se produza uma transformação radical da obra. A
restauração pictórica adquiriu um crescente impulso a partir do século XVII, devido ao mal estado de conservação de pinturas a fresco, técnica bastante corrente na Idade Média e no Renascimento.
Do mesmo modo, o aumento do mercado de antiguidades proporcionou a
restauração de obras antigas caras a sua posterior comercialização. Por
último, a escultura tem sido uma evolução paralela: desde a reconstrução
de obras antigas, geralmente em relação a membros mutilados (como a
reconstrução do Laocoonte em 1523-1533 por parte de Giovanni Angelo Montorsoli),
até a atuação sobre a obra preservando sua estrutura original, mantendo
em caso necessário um certo grau de reversibilidade da ação praticada.47
Referências
- ↑ a b c d Dissanayake, Ellen. What is art for? University of Washington Press, 1990, pp. 34-39
- ↑ Guignon, Charles. "Meaning in the Work of Art: a hermeneutic perspective". In: French, Peter A. e Wettstein, Howard K. Meaning in the arts. Wiley-Blackwell, 2003, pp. 26-27
- ↑ Tatarkiewicz, Władysław. Historia de la estética I. La estética antigua. Madrid: Akal, 2002, p. 39
- ↑ Beardsley, Monroe C. e Hospers, John. Estética. Historia y fundamentos. Madrid: Cátedra, 1990, p. 20.
- ↑ Tatarkiewicz (2002), p. 39.
- ↑ Tatarkiewicz Historia de la estética II. La estética medieval. Madrid: Akal, 1989, vol. II, p. 87-88.
- ↑ Tatarkiewicz (2002), p. 43.
Arte como fotografia
Com
o desafio da própria noção de arte e o desvio de foco para a idéia e o
processo, foi compreensível que a referência à temática da pintura e ao
paradigma da imagem como uma forma autônoma perdeu a ascendência que
desfrutava desde os primórdios da arte moderna, quando Baudelaire, no Salon de 1846, afirmou a superioridade da pintura sobre a escultura como um objeto tridimensional submetido às variações de ponto de vista. (CHEVRIER, 2003, p. 114).
Baudelaire, personagem fundamental na
gestação da crítica de arte moderna, além de desvalorizar a escultura em
favor da pintura (discurso que Greenberg também defendeu até o último
suspiro do Modernismo), atacou veementemente a fotografia por esta fixar
imagens em um ato mecânico, desprovido da nobre grandeza do gesto
humano. No entanto, posteriormente, foi justamente esta característica
que fez da fotografia um poderoso instrumento para dar voz às
manifestações artísticas que impulsionaram a noção de obra para além dos
limites do enquadramento moderno. O impacto da explosão cultural que
coroou o esfacelamento do modernismo gerou uma fragmentação infinita,
cujas partículas seguem em movimento expansivo ainda hoje. Os elementos
caóticos dessa sopa primordial nutrem as raízes que irrigam o solo
emaranhado das propostas artísticas atuais.
Portanto, para tentarmos
compreender e avaliar a arte de agora, é preciso estabelecer marcos de
referência, e nada parece mais adequado inicialmente do que observar a
genealogia do campo em questão – arte e fotografia. O presente fica mais
nítido se tivermos como pano de fundo as matizes do passado para fazer
contraste. Então, proponho uma breve visita à história da interação
entre a fotografia e artes visuais, desenhando alguns contornos para
facilitar o reconhecimento da arte materializada sob a forma fotográfica
nos dias de hoje.
As narrativas que alinhavam
a estrutura da arte moderna se confundem com a articulação da autonomia
da forma. Se o desenvolvimento do conceito de autonomia tem seu começo
marcado pela conquista libertária da pintura de cavalete (cuja
portabilidade significou literalmente a expansão do horizonte), já o
percurso equivalente percorrido pela fotografia no mesmo período não
explorou o potencial dado pela abertura de campo que este meio
oportuniza.
Do Pictorialismo romântico
ao programa modernista da fotografia, os discursos que aspiravam
atribuir legitimidade artística à imagem fotográfica prestavam contas à
pintura de maneira submissa.
Durante o Romantismo,
especialmente nas derradeiras décadas do século XIX, pela primeira vez
na história da fotografia houve um movimento que articulou uma
estratégia para a inserção deste meio no campo das artes visuais. Tal
movimento ficou conhecido como Pictorialismo. Entretanto, com o olhar
delimitado pelo legado da pintura, esses pioneiros tinham seu horizonte
restrito aos temas imortalizados nas telas de até então. Sacrificaram a
nitidez ótica em nome da apologia da personalização dos aspectos
técnicos que poderiam atribuir aura; recursos artificiais tais como a
encenação de tableaux-vivants ou capturas desfocadas propositalmente (à
guisa de filtro impressionista). Ao invés de tirar proveito do frescor
que uma nova técnica pode oferecer no sentido de possibilitar outra
perspectiva para o olhar diante das coisas do mundo, tais autores não
correram o risco de explorar esta dimensão, optando apenas por
transcrever e adaptar operações formais pictóricas. Portanto, seja na
pose rígida dos “quadros-vivos” ou seja na natureza idealizada e
formatada numa estética a priori, podemos dizer que o Pictorialismo em
termos gerais, adotou um papel conservador diante do espírito de seu
tempo.
Posteriormente, no começo
do século XX, entre as práticas modernas da fotografia associadas à
arte, podemos distinguir, grosso modo, três grandes vertentes: a
fotografia utilizada por artistas das vanguardas históricas, o movimento
alemão da Nova Objetividade, e o formalismo modernista que derivou do
rompimento com o Pictorialismo. Este último, encabeçado por Alfred
Stieglitz e seus companheiros, entre eles Edward Steichen, assumiu o
papel de porta-voz da segunda grande sistematização discursiva no
intuito de atribuir aura à estética fotográfica2.
Esta agenda modernista foi promovida como um passo adiante em relação
ao ideário estético pictorialista, e tornou-se a abordagem que obteve o
[primeiro] êxito institucional ao ser legitimada pelo Departamento de
Fotografia do MoMA.
As características
principais dessa produção que nomeamos sob o largo rótulo de fotografia
moderna deixam claro os motivos de sua fácil aceitação pública e
canonização institucional. A busca pelo refinamento da linguagem em
direção à pureza do meio alinha-se com o discurso modernista da
autonomia da pintura, cujo auge se deu em seguida, justamente com o
apogeu da Escola de Nova Iorque, da qual o MoMA foi a principal vitrine.
A pureza em relação à linguagem manifesta-se no enaltecimento das
características específicas do universo fotográfico, tais como a
habilidade para a distribuição ideal dos tons de cinza na emulsão,
técnicas avançadas de fotometria, suavidade no controle dos grãos dos
sais de prata, etc. Atributos formais abstratos foram priorizados,
influenciando diretamente a escolha do assunto e as táticas de
composição. A não-intervenção no negativo passou a ser defendida,
priorizando o momento decisivo em que o olhar do fotógrafo comanda o
disparo da câmera, e, para acentuar tal feito, as cópias eram ampliadas,
respeitando a proporção do fotograma. Os laboratórios fotográficos
foram equiparados aos ateliês, e, para aumentar o valor de
exclusividade, promoveram a cópia única. Douglas Crimp (2003) aponta
que, dessa forma, o olho do fotógrafo foi equiparado à mão do pintor. A
subjetivação da fotografia, através de uma visão “autoral”, culmina na
criação de um “estilo” de fotografia, no qual a sagacidade do olhar se
equipara ao gesto pictórico.
A noção de arte que
Stieglitz tentava aplicar à fotografia, já estava sendo desafiada por um
amigo dele, um grande iconoclasta que influenciou de maneira
determinante as futuras gerações: Marcel Duchamp. Ironicamente, talvez
uma das fotografias de Stieglitz mais contundentes para a história da
arte seja justamente o registro que ele fez do ready-made intitulado
Fonte, que Duchamp apresentou sob o pseudônimo R. Mutt. A relevância
dessa imagem certamente não se deve ao olho experiente para as
composições equilibradas de Stieglitz, muito menos à sua escala tonal. O
que faz dessa fotografia um ícone artístico é o seu conteúdo.
A Fonte, um urinol
invertido assinado por um artista, foi inscrita na exposição da
Sociedade dos Artistas Independentes em 1917, na qual mediante o
pagamento de cinco dólares por ano e uma matrícula de um dólar, cada
sócio teria o direito de expor duas obras. Porém, apesar de a peça ter
sido enviada juntamente com os seis dólares, ela foi recusada, causando
uma grande discussão pública que expôs o conservadorismo dos
organizadores da mostra. Duchamp era membro do comitê da associação e
defendeu a obra publicamente, porém sem revelar que era o verdadeiro
autor do ready-made. A Fonte não foi exposta nesse momento, ficando
conhecida somente através da fotografia feita por Stieglitz publicada no
segundo número da revista The Blind Man (TOMKINS, 2007).
Além de introduzirem
objetos do cotidiano no mundo da arte, os ready-mades deslocaram as
questões de morfologia para as questões a respeito da função. Assim,
transfere-se a discussão do “O que é belo?” para “O que é arte?”.
Justamente por veicular esse debate, é que a fotografia da Fonte é tão
significativa para o contexto das artes visuais.
Jeff Wall (2004) afirma
que, paradoxalmente, a fotografia somente foi reconhecida socialmente
como arte no momento em que seus pressupostos estéticos se prestaram a
uma crítica radical. Somente se tornou arte quando foi vista como um
meio privilegiado para negar a própria noção de arte estabelecida.
Walter Benjamin já havia
constatado precocemente a insuficiência da discussão da “fotografia como
arte”, propondo então, analisar a ocorrência do pensamento artístico
vislumbrado através da fotografia. Antes mesmo de ter ficado evidente na
produção artística de uma geração inteira, como ocorreu a partir dos
anos 1960, Benjamin deslocou o foco da discussão, chamando a atenção
para a “arte como fotografia”. Em suas palavras: “Muito se escreveu, no
passado, de modo tão sutil como estéril, sobre a questão de se saber se a
fotografia era ou não uma arte, sem que se colocasse sequer a questão
prévia de se saber se a invenção da fotografia não havia alterado a
própria natureza da arte” (BENJAMIN, 1994: 176).
A desestabilização do
referencial soberano da pintura, que durante tanto tempo subjugou as
demais linguagens, ocorreu quando a fotografia tornou-se grande aliada
da geração que esgarçou os limites que separam arte e vida. O caráter
popular do meio, a princípio rechaçado pela fotografia autoral, por não
corresponder às suas aspirações estéticas, foi extremamente útil ao
processo de desmistificação da arte e seus objetos.
Os primeiros indícios do
papel decisivo que a fotografia viria a exercer na contaminação entre as
categorias artísticas tiveram lugar quando Rauschemberg e Warhol
começaram a serigrafar imagens fotográficas em suas telas, misturando a
tradição artesanal da pintura com técnicas industriais. Tal atitude
representou um movimento oposto à idéia de um artista que se
auto-exprime, no momento em que o expressionismo abstrato dominava a
cena estética desde o final da segunda guerra.
A partir de então,
testemunhamos a consolidação de uma perspectiva artística sob a qual, a
primazia do conteúdo é destacada, relegando para segundo plano os
aspectos técnicos e formais dos meios utilizados em sua produção. A
dimensão física da obra passa a ser vista como um veículo para a
apresentação de idéias, e não como um fim em si mesmo. Esta guinada
radical na concepção e apresentação do objeto artístico, ainda que tenha
suas raízes nas vanguardas históricas, sobretudo em Duchamp, foi
consolidada nesse momento por um grande número de proposições que
confrontaram abertamente a estetização estilística que favorece o culto à
personalidade do artista. A qualidade descritiva da imagem fotográfica
foi posta em primeiro plano por artistas que enfatizavam o processo de
realização, mais do que o produto acabado e autônomo, revelando uma
relação de indissolubilidade entre obra e documento. A arte, que já não
depende da sua presença física diante do espectador, depende de
registros que sustentem a sua credibilidade, assim, as fotografias que
registram ações, happenings, performances, earthworks e intervenções se
tornam parte integrante da obra. Portanto, a fotografia foi crucial para
a transição da noção de obra como objeto para a noção de obra como
proposição. Diante desse quadro, Craig Owens (2003) afirmou que o debate
pós-moderno foi um debate sobre a fotografia.
Ao longo das cinco últimas
décadas, a arte se tornou cada vez mais fotográfica. Existe um motivo
específico para formular a relação dessa maneira e não ao contrário -
que a fotografia tenha se tornado arte. Porque não se tratou de um
reconhecimento de certo meio com credenciais singulares. O que ocorreu
foi uma reconfiguração da própria noção de arte, quando o projeto de
modernidade ruiu sob a cultura de massa. Então, a fotografia passou a
ser vista como um dos meios mais propícios para problematizar esta nova
ordem mundial.
A aceitação da fotografia
ocorreu gradualmente, à medida em que arte se aproximava da existência
banal, por ser uma representação acessível e altamente infiltrada no
cotidiano. Logo, tornou-se o principal veículo que possibilitou a
mobilidade estética no processo do rompimento das fronteiras entre as
categorias tradicionais da arte. No entanto, sua extrema flexibilidade
proporciona uma gama extraordinariamente variada para distintas
abordagens em seu emprego como meio de representação e apresentação, que
vão muito além da tarefa de registrar a arte processual. Do uso como
objet trouvé, antiarte ou ready-made, passando pelos arquivos e
coleções, livros de artista, diários fotográficos, retratos, séries
sistemáticas (tipologias), catalogação, documentos inexpressivos..., às
performances encenadas especialmente para a câmera, à alegoria, ao
simulacro, ao relato ficcionalizado, à hipervisualidade; enfim, as
formas encarnadas pela fotografia contemporânea parecem ser inesgotáveis
e irredutíveis à simples classificação.
Enquanto linguagem, a
fotografia pode ser vista como a própria personificação do estado de
latência, do pluralismo e entropia estética que caracterizam a arte
contemporânea.
Se inicialmente a
trajetória da fotografia artística gravitava à margem do universo da
arte, e, mesmo quando passou a ser admitida nos museus de arte moderna
era relegada aos espaços anexos, e até na historiografia da arte em
geral era estudada em capítulos à parte, hoje a situação é radicalmente
distinta. Agora a fotografia tem presença garantida nas principais
exposições e bienais, frequentemente ocupando lugares de destaque.
Transita livremente pelo mainstream institucional e comercial, e também
no underground. Encontrou grande receptividade no mercado, sobretudo
internacional, atingindo recordes nos leilões de arte, e é cada vez mais
cobiçada por coleções públicas e particulares. Além disso, tem sido
homenageada em grandes exposições temáticas, dedicadas inteiramente a
dar visibilidade e produzir conhecimento sobre o meio.
Assim, de coadjuvante
passou a protagonista, e não seria exagerado afirmar que a fotografia é a
linguagem artística mais característica da pós-modernidade. Na
realidade, o histórico do processo de inclusão da fotografia na arte se
confunde com o próprio movimento de constituição do pós-modernismo.
Se antes tínhamos o império absoluto da pintura, agora entramos no que será lembrado como o século da imagem técnica.
BIBLIOGRAFIA
ARGAN, G.C. Arte Moderna. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.
BAQUÉ, Dominique. La fotografía plástica. Barcelona: Editorial Gustavo Gíli, 2003.
BENJAMIN, Walter. Magia e
técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da
cultura. São Paulo: Brasiliense, 1994.
BERNARDES, Maria Helena.
“Retrato da Utopia”. In SANTOS, Alexandre, SANTOS Maria Ivone (org.), Um
Território da Fotografia. Porto Alegre: Galeria dos Arcos, Usina do
Gasômetro, 2003.
CAMPANY, David. Art and Photography. Londres: Phaidon, 2003.
Fonte: http://www.denisegadelha.com/denisegadelha.com/Arte_como_Fotografia.html
PDF Fotografia e arte
PDF Sentidos da Arte fotográfica
PDF Reflexões sobre fotografia e arte
PDF Arte e Turismo
PDF A arte fotográfica em sala de aula
PDF Sobre a arte fotográfica
Artista de rua
Um artista de rua (ou saltimbanco) é um artista que se apresenta em locais públicos para divulgar seu trabalho ou levar o entretenimento para todas as pessoas.
Define-se como arte de rua praticamente todo tipo de diversão, como contorcionismos, acrobacias, truques com animais, truques com cartas, ventriloquismo, danças, recitais de poesia, apresentações de música, estátuas vivas, entre outros.
Esses artistas não necessariamente, tratam a arte de rua como
profissão. Na maioria das vezes, as gratificações que recebem pagam
apenas a manutenção de seus instrumentos de trabalho, como saxofones,
tintas para o corpo das estátuas vivas, etc. Para retratar a vida dessas
pessoas que muitas vezes passam desapercebidas, estão sendo elaborados
livros e sites sobre o assunto. O blog http://arteurbana2011.blogspot.com/, por exemplo, divulga periodicamente crônicas sobre esses artistas.
Apesar de terem sido proibidos de se apresentarem na cidade de São
Paulo, o prefeito Gilberto Kassab. em julho de 2011, divulgou um decreto
que incentiva a realização da arte nas ruas da cidade. Esse decreto
está disponível através da internet, no site do Diário Oficial da
cidade.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Artista_de_rua
História da arte
História da arte é a história de qualquer actividade ou produto realizado pelo Homem com propósito estético ou comunicativo, enquanto expressão de ideias, emoções ou formas de ver o mundo. Ao longo do tempo, as artes visuais têm sido classificadas de várias formas diferentes, desde a distinção medieval entre as artes liberais e as artes mecânicas, até à distinção moderna entre belas artes e artes aplicadas,
ou às várias definições contemporâneas, que definem arte como a
manifestação da criatividade humana. O alargamento da lista das
principais artes durante o século XX definiu nove: arquitetura, dança, escultura, música, pintura, poesia (aqui definida em sentido lato como forma de literatura com um propósito ou função estética, o que inclui também o teatro e a narrativa literária), o cinema, a fotografia e a banda desenhada. Quando considerada a sobreposição de termos entre as artes plásticas e as artes visuais, inclui-se também o design e as artes gráficas. Para além das formas tradicionais de expressão artística, como a moda ou a gastronomia, estão a ser considerados como arte novos meios de expressão, como o vídeo, arte digital, performance, a publicidade, a animação, a televisão e os jogos de computador.
A "história da arte" é uma ciência multidisciplinar que procura estudar de modo objetivo a arte através do tempo, classificando as diferentes formas de cultura, estabelecendo a sua periodização e salientando as características artísticas distintivas e influentes. O estudo da história da arte teve início durante o Renascimento, ainda que limitado à produção artística da civilização ocidental.
No entanto, ao longo do tempo foi-se impondo uma visão alargada da
história artística, procurando-se compreender e analisar a produção
artística de todas as civilizações sob a perspectiva dos seus próprios valores culturais.
Hoje em dia, a arte desfruta de uma ampla rede de estudo, difusão e
preservação de todo o legado artístico da humanidade ao longo da
História. Durante o século XX assistiu-se à proliferação de
instituições, fundações, museus, e galerias, tanto no sector público como privado, dedicados à análise e catalogação de obras de arte e exposições destinadas ao público em geral. A evolução dos média foi crucial para o desenvolvimento e difusão da arte. Os eventos internacionais, como as bienais de Veneza ou de São Paulo ou a Documenta contribuíram bastante para a formação de novos estilos e tendências. Os prémios, como o Prémio Turner, o Prémio Wolf de Artes, o Prémio Pritzker de arquitetura, o Prémio Pulitzer de fotografia ou os Óscares do cinema promovem também as melhoras obras criativas a nível internacional. As instituições como a UNESCO, através da criação de listas do Património Mundial, apoiam também a conservação dos mais significativos monumentos mundiais.
Índice |
Pré-história
Ver artigo principal: Arte da Pré-História
Os primeiros artefactos tangíveis que podem ser considerados arte aparecem na Idade da Pedra (Paleolítico superior, Mesolítico e neolítico). Durante o Paleolítico (25 000-8000 a.C.) o Homem era ainda caçador-coletor, habitando cavernas que viriam a ser os primeiros suportes de arte rupestre.1 Após o período de transição do Mesolítico, é durante o Neolítico (6000-3000 a.C.) que o Homem se sedentariza e inicia a prática da agricultura. À medida que as sociedades se tornam cada vez mais complexas e a religião ganha importância, tem início a produção de artesanato. Durante a Idade do Bronze (c. 3000-1000 a.C.), têm início as primeiras civilizações proto-históricas.
Paleolítico
Ver artigo principal: Arte do Paleolítico
As primeiras manifestações artísticas durante o Paleolítico dão-se por volta de 25.000 a.C., atingindo o auge na época da Cultura Magdaleniana (c. 15000-8000 a.C). Os primeiros vestígios de objectos produzidos pelo Homem foram encontrados na África meridional, no Mediterrâneo ocidental, na Europa Central e de Leste (no mar Adriático), na Sibéria (Lago Baical), Índia e Austrália. Estes primeiros vestígios são geralmente ferramentas em pedra (sílex e obsidiana), madeira ou osso. Na pintura era usado óxido de ferro para obter vermelho, dióxido de manganés para obter preto e argila para obter o ocre.2 A arte deste período que sobreviveu até aos nossos dias é composta sobretudo por pequenos entalhes em pedra e osso ou arte rupestre, esta última forma presente sobretudo na região cantábrica e no sudoeste de França, como nas cavernas de Altamira ou Lascaux.
As pinturas são de carácter fundamentalmente religioso e mágico ou
representações naturalistas de animais. Os trabalhos de escultura são
representados pelas estatuetas de vénus como a Vénus de Willendorf, figuras femininas provavelmente usadas em cultos de fertilidade.3
Neolítico
O Neolítico representa uma alteração profunda para o Homem, que se
sedentariza e inicia a prática da agricultura e pastorícia, ao mesmo
tempo que se desenvolve a religião e formas complexas de interacção
social.4 Nos sítios de arte rupestre da bacia mediterrânica da península Ibérica, assim como no norte de África e na região do actual Zimbabué, foram encontrados várias representações esquemáticas figurativas, em que o homem é representado através de uma cruz e a mulher através de uma forma triangular. Entre os artefactos de arte móvel, um dos exemplos mais notável é a cultura da cerâmica cardial, decorada com gravuras de conchas. São utilizados novos materiais, como o âmbar, quartzo e o jaspe. Durante este período podem ainda ser observados os primeiros sinais de planimetria urbana, como nos vestígios de Tell as-Sultan, Jarmo e Çatalhüyük.5
Idade dos metais
O último período pré-histórico é a Idade dos Metais, durante a qual
as sociedades dão início à produção, transformação e o trabalho de
elementos como o cobre, bronze e ferro. Durante o calcolítico surge a cultura megalítica, notável pelos monumentos de pedra ((dólmens, menires e cromeleques) como Stonehenge).6 Na Península Ibérica surgem as culturas de Los Millares e do vaso campaniforme, caracterizadas pelas figuras humanas com olhos de grande dimensão. São também notáveis os templos megalíticos de Malta. As culturas megalíticas das Ilhas Baleares apresentam monutentos característicos, como a naveta, um túmulo com a forma de uma pirâmide truncada e câmara funerária alingada; a taula e o talayot.7
Durante a Idade do Ferro, as culturas de Hallstatt (Áustria) e La Tène (Suiça)
marcam as fases mais significativas na Europa. A cultura de Hallstatt
desenvolveu-se entre os séculos V e IV a.C. A cerâmica era
policromática, com decorações geométricas e apliques de ornamentos
metálicos. La Tène desenvolveu-se no mesmo período, sendo também
conhecida como Arte celta primitiva. A produção artística focou-se sobretudo em objectos de ferro, como espadas e lanças, e em bronze, como nos escudos profusamente decorados e em fíbulas, ao longo de diversos estágios evolutivos do estilo (La Tène I, II e III). A decoração foi influenciada pela arte Grega, Estrusca e Cita.8
-
Complexo megalítico de Stonehenge
-
Carruagem de guerra de Trundholm (Dinamarca)
Arte Antiga
Ver artigo principal: Arte da Antiguidade
Arte antiga, ou arte da antiguidade, designa as criações artísticas
do primeiro período da História que se inicia com a invenção da escrita, e durante o qual aparecem as primeiras grandes cidades nas margens dos rios Nilo, Tigre, Eufrates, Indo e Amarelo e se destacam as grandes civilizações do Médio Oriente (Egípcia e Mesopotâmica). Ao contrário de períodos anteriores, as manifestações artísticas ocorreram em todas as culturas de todos os continentes.
Um dos maiores progressos deste período foi a invenção da escrita,
criada sobretudo a partir da necessidade de manter registos de natureza
económica e comercial. A primeira forma de escrita foi a cuneiforme, surgida na Mesopotâmia por volta de 3500 a.C., baseada em elementos pictográficos e ideográficos e registada em suportes de argila. Os sumérios desenvolveriam mais tarde a escrita com sílabas, enquanto que a escrita Egípcia recorria a hieróglifos. A língua hebraica foi uma das primeiras a utilizar um alfabeto, que atribui um símbolo a cada fonema.9
Mesopotâmia
Ver artigo principal: Arte da Mesopotâmia
A arte mesopotâmica surgiu na região entre os rios Tigre e Eufrates, no que é actualmente a Síria e o Iraque, território onde a partir do século IV a.C. coexistiram várias culturas, entre as quais a Suméria, o Império Acádio, os Amoritas e os Caldeus. A arquitetura mesopotâmica caracterizou-se pelo uso de tijolo, lintéis e pela introdução de elementos construtivos como o arco e a abóbada. São particularmente notáveis os zigurates, templos de grandes dimensões no formato de pirâmide de degraus,
dos quais praticamente não restam vestígios para além das suas bases. O
túmulo era geralmente um corredor, com a câmara funerária coberta por
falsa cúpula.
As principais técnicas escultóricas eram os entalhes e relevos. As peças abordavam temas religiosos, militares e de caça, sendo representadas figuras animais e humanas, reais ou mitológicas.
Durante o período sumério eram comuns as estatuetas de formas
angulares, em pedra colorida, sem cabelo e de mãos no peito. Durante o
período Acádio as figuras apresentavam cabelos e barba longos, como na
estela de Naram-Sin. Do período Amorita, é notável a estatueta do rei Gudea, enquanto o objecto mais notável do domínio babilónico é a estela de Hamurabi. Na escultura assíria é assinalável o antropomorfismo do gado e o motivo recorrente do génio alado, observado em inúmeros relevos com cenas de guerra e de caça, como no Obelisco Negro.10
Com a introdução da escrita surge também a literatura enquanto forma
de expressão da criatividade humana. Entre as mais significativas obras
de literatura suméria estão a Epopeia de Gilgamesh,
escrita no século XVII a.C e na qual são narrados trinta mitos acerca
das mais importantes divindades sumérias e acádias, ou o poema moral e
didático Lugal ud melambi Nirpal'. No período Acádio a obra mais relevante é a Epoipeia de Atrahasis na qual se narra o mito do Dilúvio. A obra mais notável de literatura babilónica é o poema Enuma Elish, que descreve a criação do mundo.11
A música surge na região entre o 3º e 4º milénios a.C., usada nos templos sumérios onde os sacerdotes entoavam hinos e salmos (ersemma) aos deuses. O canto litúrgico era composto em responsórios – alternando entre os sacerdotes e o coro – e antífonas – alternando entre dois coros. Entre os instrumentos mais utilizados estão o tigi (flauta), balag (tambor), lilis (antecessor do tímpano), algar (lira), zagsal (harpa) e adapa (pandeiro).12
-
Epopeia de Gilgamesh escrita em argila, Suméria
Egito
Ver artigo principal: Arte do Antigo Egito
É no Antigo Egito
que surge uma das primeiras grandes civilizações, com obras de arte
elaboradas e complexas, e durante a qual ocorre a especialização
profissional do artista. A arte egípcia era intensamente religiosa e
simbólica, com uma estrutura de poder centralizada e hierárquica, e na
qual se deva especial importância ao conceito religioso de imortalidade,
sobretudo do faraó, para o qual se erguiam monumentos colossais. A arte egípcia abrange o período entre 3000 a.C e a conquista do Egito por Alexandre, o Grande. No entanto, a sua influência perdurou até à arte copta e bizantina.
A Arquitetura do Antigo Egito caracteriza-se pela sua monumentalidade, conseguida através do uso de blocos de pedra de grandes dimensões, lintéis e colunas sólidas. O elemento mais notável são os monumentos funerários, agrupados em três tipos principais: as mastabas, túmulos de forma rectangular; as pirâmides, de faces regulares ou em escada; e os hipogeus,
túmulos subterrâneos. Os outros edifícios de grande dimensão são os
templos, complexos monumentais antecedidos por uma avenida de esfinges e obeliscos, à qual se sucedem dois pilones trapezoidais, o hipostilo e finalmente o santuário.
A pintura caracteriza-se pela justaposição de planos sobrepostos. As
imagens eram representadas hierarquicamente, isto é, o faraó é maior que
os súbditos ou inimigos ao seu lado. Os egípcios pintavam a cabeça e os
membros de perfil, enquanto os ombros e olhos eram pintados de frente.
Houve uma evolução significativa nas artes aplicadas, sobretudo o trabalho em madeira e metal, que deram origem a obras exímias de mobiliário em cedro entalhada com ébano e marfim.13
-
Pintura mural da câmara funerária de Amenemhet, Império Novo, (séc. XV a.C.).
-
Máscara funerária de Tutancâmon.
Referências
Arte urbana
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Arte Urbana, urbanografia ou street art é a expressão que se refere a manifestações artísticas desenvolvidas no espaço público, distinguindo-se da manifestações de caráter institucional ou empresarial, bem como do mero vandalismo.
Índice |
Descrição
A princípio, um movimento underground, a street art foi gradativamente se constituindo como forma do fazer artístico, abrangendo várias modalidades de grafismos - algumas vezes muito ricos em detalhes, que vão do Graffiti ao Estêncil, passando por stickers, cartazes lambe-lambe (também chamados poster-bombs), intervenções, instalações, flash mob, entre outras. São formas de pessoas sozinhas, expressarem os seus sentimentos através de desenhos.
A expressão Arte Urbana surge inicialmente associada aos pré-urbanistas culturalistas como John Ruskin ou William Morris e posteriormente ao urbanismo culturalista de Camillo Sitte e Ebenezer Howard (designação "culturalista" tem o cunho de Françoise Choay). O termo era usado (em sentido lato) para identificar o "refinamento" de determinados traços executados pelos urbanistas ao "desenharem" a cidade.
Da necessidade de flexibilidade no desenhar da cidade surgiu a figura dos planos de gestão. Este facto fez cair em desuso o termo Arte Urbana, ficando a relação entre Arte e cidade confinada durante anos à expressão Arte Pública.
Dada a dificuldade de enquadramento das inscrições murais feitas à
revelia das autoridades e proprietários no conceito de arte pública,
assiste-se a um ressurgimento da designação de "Arte Urbana" que
passou a incluir todo o tipo de expressões criativas no espaço
colectivo. Esta designação adquiriu assim um novo significado e pretende
identificar a Arte que se faz no contexto Urbano à margem das
instituições públicas.
Além do grafite, a Arte Urbana também inclui estátuas vivas, músicos, malabaristas, palhaços e teatros. Poucos veículos são voltados exclusivamente para esse tipo de arte. O blog Arte Urbana,
por exemplo, retrata o dia a dia dessas pessoas em forma de crônicas.
Também existem projetos de livros e sites para a arte urbana brasileira.
O primeiro site deve ser lançado no final de 2011.
Galeria
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Bulldozers (escavadeiras) e tanques sobre a Fita de Moebius criada pelo italiano BLU, em Praga, 2008.
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Graffiti urbano, criado pelo artista grafiteiro Rodrigo "Careca Beco RS", em Porto Alegre, Brasil.
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A pichação paulista é unica no mundo.
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Mural no Jockey Club Brasileiro no Rio de Janeiro.
Ver também
- Aerografia
- Arte contemporânea
- Artes decorativas
- Artista de rua
- Contracultura
- Intervenção urbana
- Jean-Michel Basquiat
- Novo Urbanismo
- Pop art
Bibliografia
- Claudia Walde: Sticker City: Paper Graffiti Art. Thames & Hudson, 2007. ISBN 978-0-500-28668-5
- C215:"Stencil History X". C215, 2007. ISBN 2-9525682-2-7
- Louis Bou: "Street Art". Instituto Monsa de ediciones, S.A. , 2005. ISBN 84-96429-11-3
- BTOY: "BTOY:DY:002". Belio Magazine, S.L, 2007. ISBN 84-611-4752-9
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Sabia que…
… Diego Rodríguez de Silva y Velázquez (Sevilha, 6 de Junho de 1599 — Madrid, 6 de Agosto de 1660) foi um pintor espanhol e principal artista da corte do Rei Filipe IV de Espanha. Era um artista individualista do período barroco contemporâneo, importante como um retratista.
Além de inúmeras interpretações de cenas de significado histórico e
cultural, pintou inúmeros retratos da família real espanhola, outras
notáveis figuras europeias e plebeus, culminando na produção de sua
obra-prima, Las Meninas (1656).
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Descubra mais sobre… a pintura no Brasil
A pintura no Brasil nasceu tardiamente em relação à descoberta e colonização do território. Apesar de haver registros de atividade de pintores, desenhistas e aquarelistas
em atividade no Brasil desde 1556, estes vieram apenas de passagem,
realizando a mera documentação visual destas terras para os monarcas e naturalistas europeus.
Entretanto, passado um século a pintura no Brasil já experimentava um desenvolvimento considerável, ainda que difuso, e desde então conheceu um progresso ininterrupto e sempre com maior pujança e refinamento, com grandes momentos assinaláveis, primeiro no apogeu do Barroco, com a pintura decorativa nas igrejas; depois, na segunda metade do século XIX, com a atuação da Academia Imperial de Belas Artes; na década de 1920, quando se inicia um movimento modernista, que teve sucesso em introduzir um sentido de genuína brasilidade na pintura produzida no país, e em tempos recentes, quando a pintura brasileira começa a se destacar no exterior de modo consistente e o sistema de produção, ensino e divulgação da pintura estão firmemente estabilizados e largamente difundidos através de um sem número de universidades e escolas menores, museus, exposições, ateliês e galerias. …para ler mais |
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